Mais uma pesquisa encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em parceria com o Ibope, e mais uma vez o presidente Luiz Inácio Lula da Silva aparece com o prestígio lá em cima. O governo federal tem a aprovação de 58% da população – avaliação ?ótimo? ou ?bom? – contra 29% que acham ?regular? e apenas 12% que acham ?ruim? ou ?péssimo?.
Para quem critica o presidente e seu governo, portanto, é melhor ter cuidado – e o conselho vale ainda mais neste período pré-eleitoral. A população já deu mostras de seguir os augúrios de Lula na hora decisiva. Exemplo claro foi o que aconteceu no Paraná, quando o atual governador, que tinha pendido ostensivamente para Geraldo Alckmin (PSDB) no segundo turno das eleições presidenciais em 2006, voltou correndo e ganhou a ?bênção? oficial no final da campanha. Ganhou por margem mínima, mas ganhou.
E tentar atingir Lula como pessoa pode ser ainda pior. A aprovação pessoal do presidente de República chegou a 72%, uma marca muito expressiva. E é bom lembrar que Alckmin, no momento em que achou que poderia ganhar a eleição, começou a atacar Lula e só fez cair nas pesquisas – tanto que fechou o segundo turno com menos votos que no primeiro.
É a soma da boa avaliação do governo com o inegável carisma de Lula. Os resultados da economia (apesar do aumento considerável dos preços dos alimentos nos últimos meses) são satisfatórios, e o programa Bolsa Família é um sucesso – com fins eleitoreiros ou não, é o maior projeto de transferência de renda que se tem notícia na história do Brasil. Tudo comandado por um presidente que teve votações consagradoras em duas eleições, e que aparece como homem do povo e não como o presidente intransponível, infalível, inatingível e acima do bem e do mal, a exemplo de Fernando Collor e Fernando Henrique Cardoso.
Se em momentos específicos era interessante contar com ?estadistas?, para o ?povão? é importante saber que é possível contar com Lula sempre que possível. E é assim que o presidente vira um super-herói de carne e osso.
