Zimmermann: desequilíbrio provocou racionamento de 2001

O secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, disse nesta quarta-feira, 19, que o racionamento de energia em 2001 ocorreu devido a um desequilíbrio estrutural no sistema elétrico. Segundo ele, essa não é a situação do País atualmente. “Faltava usina e linha de transmissão. E tivemos uma seca bem menos severa que a atual. Isso é fácil de mostrar, não é discurso”, afirmou, durante audiência pública na Comissão de Minas e Energia na Câmara dos Deputados.

“O mais importante é estar preparado estruturalmente, pois você aguenta a condição de estresse do sistema. Essa é uma diferença bem clara em 2001. Hoje, podemos discutir com qualquer técnico no Brasil sobre se estamos equilibrados estruturalmente ou não.” Segundo Zimmermann, o racionamento foi consequência do modelo implantado na década de 1990, por sugestão de uma consultoria inglesa, que não permitia que as estatais investissem, embora o sistema fosse totalmente estatal.

“Num país em desenvolvimento, você não pode relaxar, porque o consumo per capita de energia é muito pequeno, mas vai aumentando conforme novas indústrias são construídas”, afirmou. “Enquanto um país europeu está deitado em berço esplêndido, porque a flutuação no consumo de energia é mínima, no Brasil não dá para brincar.”

Zimmemann disse que o modelo do sistema elétrico foi alterado para dar condições de atração dos investidores privados. O secretário disse que as usinas passaram a ser feitas com o modelo de project finance, e os contratos de compra e venda de energia das geradoras com as distribuidoras passaram a ser usados como garantia para os financiamentos tomados com os bancos.

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