Vendas reais crescem 7,8% nos supermercados

Rio (AE) – A queda do desemprego, os juros menores do que os cobrados no ano passado, a base de comparação favorável e a expansão física do setor foram os motivos apontados pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras) para o bom desempenho do segmento supermercadista em julho. As vendas reais (descontada a inflação) cresceram 7,8% ante julho do ano passado e 6,64% ante junho. No acumulado dos sete primeiros meses do ano, o setor acumulou crescimento de 1,17%.

O presidente da Abras, João Carlos de Oliveira, disse que os números positivos do setor em julho “refletem a situação do País melhor do que em 2003”, com desemprego menor e taxas de juros menores. Apesar disso, ele afirmou que os números da economia “ainda estão longe de ser indicadores econômicos realmente positivos, o que houve foi uma melhora tímida”.

Segundo o presidente da Abras, o aumento das vendas ocorreu também por causa da base de comparação deprimida do ano passado; da redução da inflação medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, utilizado para a deflação no cálculo da variação das vendas) e, ainda, do crescimento físico do setor.

No ano passado, segundo João Carlos de Oliveira, houve um aumento de 69 mil lojas supermercadistas no País para 72 mil lojas e, neste ano, ainda que a Abras não tenha os números disponíveis, os novos empreendimentos prosseguem. Ele disse que não está havendo um aquecimento significativo do consumo de alimentos e os maiores incrementos estão ocorrendo em produtos de material de limpeza ou eletroeletrônicos.

Apesar da lentidão na recuperação do consumo, ele admitiu que deverá revisar, em agosto, a estimativa de crescimento das vendas para este ano, de 2% sobre o ano passado. Mas ele adianta que os supermercados não deverão recompor em 2004 as perdas do ano passado, quando as vendas recuaram 4,5% na comparação com 2002. O universo da pesquisa da Abras é de 138 empresas em 19 estados, que concentram 90% das vendas do setor.

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