As vendas dos supermercados brasileiros registraram um crescimento real (deflacionado pelo IPCA) de 7,10% em agosto ante igual período do ano anterior e de 4,25% frente a julho, de acordo com o índice Nacional de Vendas da Associação Brasileira de Supermercados (Abras). No acumulado do ano até agosto, as vendas registraram um crescimento real de 3,39%, o maior resultado acumulado no período desde 2014.

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Na visão de João Sanzovo Neto, presidente da Abras, o resultado é um sinal de que a economia brasileira está começando a reagir.

“Parece que o Brasil voltou “a respirar”, e, não apenas o nosso setor, os resultados positivos se estendem para o comércio varejista em geral, setor de serviços. A produção industrial registrou em agosto 0,8% de alta, também o melhor número para o período desde 2014. Acho que, finalmente, nossa economia está reagindo, e espero que esse processo seja contínuo”, afirmou o executivo em nota.

Ele ressalta que apenas em agosto foram criados 121,4 mil vagas de empregos formais, o crédito à pessoa física aumentou, a inflação segue estável, e os juros em queda.

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Neto ressalva que ainda é preciso ter cautela com relação a uma nova projeção de vendas, apesar do desempenho no acumulado do ano já ter ultrapassando a estimativa da entidade para o setor em 2019 de alta de 3%. Para o presidente da entidade, os próximos meses serão decisivos, lembrando que a taxa de desemprego continua elevada, parte da população segue endividada, e a recuperação ainda está aquém do esperado.

Cesta

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Em agosto, o preço da cesta de produtos Abrasmercado registrou queda de 1,90%, passando de R$ 483,84 para R$ 474,64. No acumulado dos últimos 12 meses, a cesta registrou alta de 3,51%.

Os produtos com as maiores quedas nos preços em agosto foram tomate (-31,92%), batata (-7,64%), leite em pó integral (-3,18%) e feijão (-3,12%). As maiores altas foram registradas em cebola (+5,93%), farinha de mandioca (+3,84%), biscoito cream cracker (+2,03%) e detergente líquido para louça (+1,59%).

No mês de agosto, todas as regiões apresentaram queda, com destaque para a região Nordeste, com retração de 2,90% nos preços da cesta Abrasmercado, impulsionada por Maceió (-4,11%) e Salvador (-3,72%). Em segundo lugar está a Região Sudeste, com declínio de 2,49%, influenciada pelos resultados da Grande Rio de Janeiro (-4,48%) e Grande São Paulo (-2,38%).