Vendas do comércio cresceram 11,14% no Paraná

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Consumidor começa a procurar
o que comprar.

O Paraná foi um dos estados que contribuíram para o crescimento nacional de 8,87% nas vendas do comércio em setembro. Segundo dados divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o índice do Estado em relação ao mesmo mês do ano passado ficou em 11,14%. No acumulado do ano, o crescimento de vendas no Paraná é de 11,49%, contra a média nacional de 9,32%, e, no últimos 12 meses, 9,68% contra o crescimento nacional de 6,72%.

O levantamento aponta que 25 das 27 unidades da federação alcançaram resultados positivos em setembro. As maiores taxas foram verificadas em Rondônia (25,88%), Acre (24,00%), Amazonas (23,20%), Mato Grosso (21,83%), e Maranhão (19,95%). As duas taxas negativas do setor vieram de Roraima (-2,14%) e Piauí (-1,27%).

Os estados com as maiores contribuições ao desempenho global do varejo no País foram São Paulo, com crescimento de 8,79% sobre setembro/03, Minas Gerais (9,55%), Rio Grande do Sul (8,38%), Rio de Janeiro (5,68%), Paraná (11,14%) e Santa Catarina (13,07%).

Setores

Em setembro, o setor de móveis e eletrodomésticos foi o que apresentou o maior crescimento no Paraná: 29,97%. Em seguida, aparece o setor de super e hipermercados (12,35%), bebidas, fumo (12,20%), tecidos (9,57%), combustíveis e lubrificantes (8,31%) e finalmente veículos (4,48%) – o único setor em que o desempenho do Estado ficou abaixo da média nacional, onde o crescimento foi de 15,44%.

No País, o setor de móveis e eletrodomésticos também foi o que registrou a maior expansão de vendas, de 20,32%. Já o setor supermercadista, que depende menos de crédito mas é diretamente relacionado à renda e ao emprego, apontou aumento de 9,69% nas vendas em relação a setembro do ano passado. O grupo hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebida e fumo passou de 3,84% em agosto para 9,17% em setembro.

"O Paraná, especificamente, está tirando proveito de uma situação agrícola favorável", afirmou o economista Nilo Lopes de Macedo, do departamento de Comércio e Serviços do IBGE. "Quanto aos veículos – pior desempenho entre os setores pesquisados – pode ser que as pessoas tenham comprado muito no primeiro semestre, e houve um esgotamento de compras", apontou. Segundo o economista, as taxas atuais das vendas de comércio estão finalmente refletindo a realidade. "Tivemos um segundo trimestre com taxas exorbitantes. Agora, no terceiro, caíram de 11,26% para 9,27%."

País

Na comparação com setembro de 2003, o comércio varejista do País cresceu 13,54% na receita nominal e 8,87% no volume de vendas, o décimo aumento consecutivo.

Apesar do crescimento no conjunto das atividades pesquisadas em relação a agosto, a variação do volume de vendas no acumulado do ano continua diminuindo, com taxa de 9,32% para os nove primeiros meses de 2004. Já o resultado acumulado nos últimos 12 meses permanece ascendente, com variação de 6,72%.

Quanto à receita nominal, as taxas acumuladas vêm tendendo à estabilização, atingindo este mês patamares de 12,06% no acumulado do ano e de 11,70% no acumulado dos últimos 12 meses.

Expectativas

O resultado de setembro mostrou que essa tendência de desaceleração não está consolidada e que o Natal deste ano pode ser bastante positivo para produtores, comerciantes e consumidores.

Por outro lado, uma série de altas nos juros pode esfriar a economia e frustar essa expectativa. O Banco Central elevou a taxa básica de juros da economia brasileira (Selic) de 16% para 16,25% em setembro e depois para 16,75% em outubro.

Pedido de seguro-desemprego caiu 40%

O número de pedidos de seguro-desemprego caiu mais de 40% em outubro em relação ao mês de janeiro. A informação, divulgada pela Coordenadoria de Seguro-Desemprego da Secretaria do Trabalho, Emprego e Promoção Social, está no relatório de requerentes do seguro-desemprego no Estado do Paraná e os dados são referentes ao número de requerentes formais.

O relatório mostra que o número de pedidos do benefício diminuiu de 32.998, no primeiro mês de 2004, para 19.657, em outubro, indicando a queda superior a 40%. As medidas adotadas pelo governo do Estado, como a isenção e redução dos impostos para a micro e pequena empresas, foram fatores determinantes para a geração de empregos.

No relatório dos requerentes do pescador artesanal, a queda foi ainda mais sensível. Caiu de 162 requisições em fevereiro para nenhuma no mês de outubro de 2004. Entre os empregados domésticos, a queda foi de 31%, diminuindo de 66 solicitações para 46.

Para o secretário do Trabalho, padre Roque Zimmermann, a diminuição no número de solicitações do benefício significa a queda no número de desligamentos do mercado de trabalho. "Ficamos satisfeitos ao ver que a soma de requerentes é menor a cada mês do ano" declara ele.

No total, foram 258.580 requerentes, no acumulado de janeiro a outubro deste ano. Uma média de 25.858 por mês, no Estado inteiro. O valor estimado para pagamento desses benefícios é de R$ 355.795.930,43.

"Esses valores estimados são a maneira de sabermos o volume de recursos que irá girar nas economias locais, proporcionados pelas agências do trabalhador", completa Roque Zimmermann.

Para calcular a estimativa de valores pagos foram considerados que cada requerente formal receberá quatro parcelas no valor médio de R$ 346,35 e que cada requerente pescador artesanal ou empregado doméstico receberá quatro parcelas no valor médio de R$ 240,00.

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