Brasília – As vendas de veículos em janeiro registraram queda de 12,5% em relação aos resultados de dezembro e de 2,3% na comparação com igual mês do ano passado. Foram vendidas 112 mil unidades, segundo dados do Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam), que contabiliza os emplacamentos realizados em todo o País. Lojistas creditam o desempenho à alta dos juros e à cautela por parte dos consumidores em relação aos rumos da economia.
Apesar da queda, as montadoras iniciaram fevereiro promovendo reajustes de preços. Carros nacionais da Renault, Toyota, Peugeot e Audi já estão entre 1% e 6% mais caros. Para versões importadas, o aumento chega a 18%, caso do utilitário SW4 que a Toyota traz do Japão. Revendedores da General Motors aguardam para os próximos dias reajustes de até 5% para os modelos da marca. As justificativas são o aumento do custos de produção por conta da alta de preços de matérias-primas como o aço e da cotação do dólar.
A GM liderou as vendas no varejo em janeiro, com participação de 24,6% no mercado, índice muito próximo ao da Fiat, que ficou com 24,5%. A diferença entre as duas marcas foi de apenas 160 unidades. Já a Volkswagen caiu para a terceira posição no ranking de marcas, com 23,1% de participação.
A disputa promovida pelas três empresas tem resultado em constante variação de posições no mercado nos últimos meses. Já a Ford e a Renault mantiveram-se na quarta e quinta colocações, com 10,7% e 4,2% de participação, respectivamente. Por causa da baixa demanda no mercado de veículos, algumas montadoras programaram menos dias de trabalho para este mês. A Volkswagen vai dar férias coletivas de 10 dias (de 24 a 5 de março) para operários das fábricas de São Bernardo do Campo e Taubaté, além de adotar a semana de quatro dias de trabalho. A PSA Peugeot Citroën também pára a produção durante 10 dias no Rio de Janeiro. A GM informou aos funcionários da unidade de São Caetano do Sul que, neste mês, eles terão folgas durante duas segundas-feiras e duas sextas-feiras.