Velocidade banda larga está aquém do ideal, diz Dilma

A presidente Dilma Rousseff avaliou nesta segunda-feira em seu programa semanal de rádio que a velocidade média da internet banda larga comercializada atualmente no País ainda está aquém do ideal e afirmou que o Brasil tem a necessidade de um serviço que supere os 5 megabits por segundo (Mbps). Essa velocidade é superior à mínima oferecida dentro do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), de 1 Mbps.

“Meu governo quer estimular cada vez mais a expansão do serviço de banda larga. Quando eu falo banda larga é banda larga, não é essa capacidade que estão vendendo ainda no Brasil. É que o nosso país tem necessidade de caminhar para valores acima de 5 megabits”, disse Dilma durante o “Café com a Presidenta”.

Em entrevista exclusiva publicada no domingo no jornal O Estado de S. Paulo, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, afirmou que o governo está exigindo das empresas do setor o aumento dos investimentos na ampliação das capacidades das redes de fibras ópticas. Ele lembrou que, além das cobranças, também estão sendo dados incentivos fiscais para as companhias melhorarem a oferta e qualidade do serviço.

Dilma destacou que o governo também investe diretamente no setor por meio da Telebrás, mas reforçou o chamado ao setor privado para a ampliação do acesso à internet rápida no País. “Temos cobrado das empresas privadas que elas aumentem o investimento para permitir que, a cada dia, o acesso à internet seja mais rápido e vendido a um preço justo, aquele que a população possa pagar e que também remunere o investidor”, acrescentou.

Para a presidente, o acesso à rede mundial de computadores cria “inúmeras oportunidades” para as pessoas e reduz a desigualdade entre ricos e pobres. Ela citou dados que mostram que 95% das escolas públicas urbanas têm conexão banda larga, alcançando 32 milhões de estudantes e 1,5 milhão de professores. Dilma ainda destacou o projeto de levar internet de alta velocidade para os 735 campi de universidades e escolas técnicas federais até 2014.

O fato de o Brasil já ser o terceiro maior mercado de computadores do mundo também foi comemorado pela presidente, que mencionou os cortes nos impostos para a fabricação de PCs, notebooks e tablets. “Isso ajuda a movimentar nossa indústria, gerando cada vez mais empregos de qualidade”, completou.

Segundo informou Paulo Bernardo, o governo também deve desonerar a cadeia de produção de smartphones ainda este ano.