Varig e TAM reduzem número de vôos

A TAM e a Varig assinaram apenas um documento prevendo estudos para uma possível fusão, mas na realidade as duas empresas já estão atuando no mercado como se fossem uma só. A partir do dia 10 de março, por exemplo, cerca de 65% dos passageiros da TAM e da Varig vão dividir o mesmo avião nos principais aeroportos do País. Detalhe: um poderá ter pago uma tarifa maior do que a do outro para usufruir do mesmo serviço.

As duas empresas não consideram “injusto” o fato de um cliente desembolsar mais do que o outro e não vislumbram perda de passageiros. A mudança – chamada tecnicamente de compartilhamento de vôos (em inglês, code-share) – é o primeiro passo do projeto de fusão, anunciado no último dia 6 e incentivado pelo governo como uma saída para os problemas financeiras do setor.

Para efetivar essa medida, as duas companhias reduziram em 37% o número total de vôos, de 155 para 113, atingindo nove destinos (de Congonhas para Santos Dumont, Porto Alegre, Pampulha, Florianopólis e Curitiba, de Santos Dumont para Vitória e Pampulha; de Curitiba para Porto Alegre, e de Florianopólis para Porto Alegre).

Há casos de aumento da oferta de vôos, como no trecho Congonhas – Florianópolis, de cinco para seis, e Florianópolis-Porto Alegre, de quatro para cinco. “Cada empresa vai manter sua identidade comercial. A concorrência vai continuar”, diz o vice-presidente comercial da TAM, Wagner Ferreira.

“Ganhar dinheiro”

A redução dos vôos da TAM e da Varig nos principais aeroportos do país é vista pelos seus executivos como uma maneira de encher os aviões nas rotas mais rentáveis, aumentando a receita das companhias, que vivem uma crise financeira. “Se Deus quiser, a gente otimiza os recursos e começa a ganhar dinheiro. Ninguém aqui é entidade filantrópica”, disse ontem aos jornalistas o vice-presidente comercial da TAM, Wagner Ferreira, ao explicar a operação de compartilhamento dos 133 vôos.

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