Uso da capacidade da indústria fica em 82,3% em junho

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci), calculado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), foi de 82,3% em junho, ante 82,5% em maio, considerando dados dessazonalizados. O número foi divulgado hoje. A pesquisa mostra também que o faturamento real da indústria subiu 0,7% em junho ante maio, com dados ajustados. O faturamento real, quando comparado com junho do ano passado, subiu 5,9%.

A pesquisa da CNI mostra, ainda, que a quantidade de horas trabalhadas caiu 0,7% em junho, na comparação com maio deste ano. Já em relação a junho do ano passado, o número de horas trabalhadas cresceu 1,7%. O indicador que mede o nível de emprego ficou estável em junho (variação de 0%) em relação a maio. Em relação a junho do ano passado, o indicador de emprego apresentou crescimento de 2,5%. A massa salarial real cresceu 4,1% em junho deste ano, na comparação com junho do ano passado. O rendimento médio real apresentou crescimento de 1,6% na comparação com junho de 2010.

Em relação aos números de faturamento real, a CNI utiliza o IPA/OG-FGV como deflator. Em relação à massa salarial e rendimento médio, o deflator é o INPC-IBGE.

Segundo a CNI, a indústria de transformação registrou retração para a maioria dos indicadores de atividade em junho. Com exceção do faturamento real (com aumento de 0,7%), os demais indicadores dessazonalizados recuaram ou ficaram estáveis em junho, na comparação com maio. “As horas trabalhadas caíram 0,7%, a utilização da capacidade instalada recuou 0,2 ponto porcentual e o emprego ficou estável”, destaca a CNI, em nota.

De acordo com a confederação, o padrão de alternância entre queda e crescimento das variáveis dessazonalizadas continua presente, “o que sinaliza menor dinamismo da atividade industrial”, destaca a CNI. A confederação ressalta que as variáveis de massa salarial real e rendimento médio real, quando comparadas a maio, recuaram, ambas em 0,9% (sem considerar ajuste sazonal).

Em relação ao nível de utilização da capacidade instalada, a CNI destaca que houve “aumento da ociosidade”. “Comparativamente ao mesmo mês do ano anterior, o indicador ficou 0,5 ponto porcentual menor”, destaca documento da CNI. Sobre a queda da massa salarial em relação à maio, a CNI atribui o movimento à redução do rendimento do trabalhador. Sobre a queda do rendimento médio real em relação a maio, a CNI justifica que a redução é sazonal, pois maio é mês com concentração de reajustes salariais.

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