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Usar política monetária para elevar inflação traz riscos, diz presidente do Fed

O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), Jerome Powell, afirmou nesta terça-feira que usar a política monetária para estimular suficientemente o mercado de trabalho como forma de elevar a inflação poderia apresentar riscos de “excessos desestabilizadores” em mercados financeiros.

Ainda assim, o banqueiro central prometeu “agir como for apropriado para sustentar a expansão, com um mercado de trabalho forte e inflação perto da nossa meta simétrica de 2%”, uma vez que não sabe “como ou quando” as negociações comerciais dos EUA com a China, o México e a União Europeia serão resolvidas.

Powell reconheceu que a inflação em solo americano se tornou “muito menos sensível ao aperto” no mercado de trabalho. “Em última instância, pode ser necessário um aperto muito maior do mercado de trabalho para trazer a inflação de volta à meta em uma recuperação.”

Ele assegurou, contudo, que os membros do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês) levam a sério o risco de que uma inflação persistentemente abaixo da meta mesmo em uma economia robusta poderia precipitar uma flutuação para baixo das expectativas de inflação que seria “difícil de conter”.

Outro tema muito evocado por Powell foram os aprendizados sobre o limite inferior efetivo (“effective lower bound“, ou ELB, em inglês) na última década. “A proximidade das taxas de juros ao ELB se tornou o grande desafio de política monetária do nosso tempo.”

O uso das chamadas ferramentas não convencionais de política monetária no passado foi defendido pelo presidente do Fed como forma de lidar com o “feitiço” do ELB.

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