Uniformes escolares cheios de irregularidades

Uma quantidade muito alta de irregularidades em uniformes escolares foi encontrada pela fiscalização do Instituto de Pesos e Medidas do Paraná – Ipem em todo o Estado. Equipes da Gerência de Fiscalização de Produtos para Conformidade Avaliada do instituto visitaram 31 empresas e procederam a verificação de mais de 44 mil itens, dos quais 3.940 não estavam de acordo com a legislação federal. Com isso, foram lavradas 19 autuações, números considerados bem acima do que vinha sendo registrado nos últimos anos.

“São índices muito altos, realmente. A média histórica geralmente gira em torno de 2% e desta vez chegou a 10%, o que é preocupante. Como é início de ano letivo, o pessoal produz mais de uma vez só do que normalmente faria, tem muita pressa para conseguir atender os contratos de entrega e não tem o mesmo cuidado necessário na fabricação” -comenta Roberto Tamari, gerente responsável pelo setor.

As irregularidades mais freqüentes encontradas pelos técnicos do Ipem estão na falta de indicação da composição têxtil, no uso inadequado de termos estrangeiros e também em indicações conflitantes. Todos os produtos têxteis postos no mercado têm de ter a especificação de sua composição, bem como a proporção de cada produto utilizado na mesma. “Se a etiqueta indicar que determinado produto tem 100% de algodão, cabe ao Ipem verificar se realmente o apontado na etiqueta está correto. Isso é importante também para a saúde das pessoas. Por exemplo: há crianças alérgicas a fibras sintéticas, que só poderiam vestir uniforme feito de determinada fibra natural”, – comenta Tamari.

Quando os produtos não têm a especificação das fibras, os comerciantes são imediatamente autuados, no próprio local de venda. Caso haja alguma suspeita de a composição não estar de acordo com as indicações da etiqueta, são coletadas três amostras do mesmo artigo. Uma delas fica em poder do comerciante e as demais são encaminhadas ao laboratório do Ipem, onde são feitos exames físicos e químicos, com queima e reagentes, respectivamente. Após a constatação da irregularidade, o responsável é autuado, mas pode enviar a amostra que ficou em seu poder para um exame de laboratório. Caso dê resultado diferente, a terceira amostra é utilizada pelo instituto para desempatar a questão.

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