As economias do Reino Unido, Alemanha, França e Itália vão crescer a um ritmo mais lento do que o estimado anteriormente durante os próximos dois anos, de acordo com as previsões divulgadas nesta quinta-feira pela União Europeia (UE) em seu relatório quadrimestral.

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O Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido deverá crescer 2,1% tanto em 2016 quanto em 2017, em comparação com o crescimento de 2,4% e 2,2%, respectivamente, estimado nas previsões da Comissão Europeia realizadas em novembro.

Dados do governo do Reino Unido mostraram no mês passado que a economia cresceu 2,2% em 2015, um resultado que a UE espera que seja atualizado para 2,3%. Apesar de um crescimento mais lento do que o registrado em 2014 (+2,9%), o resultado ainda permitiu o Reino Unido ser a segunda economia das sete economias mais avançadas, logo após os EUA.

No entanto, a Comissão alertou mais uma vez que o crescimento econômico do Reino Unido continua a ser desequilibrado, com os gastos robustos do consumidor e um setor de serviços forte parcialmente afetados por uma desaceleração na produção industrial e um comércio mais fraco. Analistas veem agora exportadores lutando ainda mais do que foi estimado em novembro, uma vez que as perspectivas para economias emergentes pioraram.

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Enquanto isso, os preços mais fracos do petróleo deverão arrastar a inflação anual até 0,8% em 2016, quase metade da taxa prevista em novembro. No entanto, a projeção de inflação para 2017 continua em 1,6%, em linha com as expectativas anteriores, disse a UE.

O relatório apontou ainda que os salários moderados também irão ajudar a conter a pressão sobre os preços, uma vez que novos dados sugerem que o mercado de trabalho no Reino Unido ainda tem muito espaço para criar empregos.

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Para a Alemanha, a União Europeia reduziu a estimativa de crescimento do país para 1,8% este ano e em 2017, ante projeção de 1,9% feita em novembro. Segundo o relatório quadrimestral, este crescimento será apoiado pelo consumo privado e pela despesa pública adicional para integrar o fluxo recorde de imigrantes.

“O consumo privado deverá crescer acentuadamente, refletindo também níveis elevados de emprego, a alta imigração e baixas taxas de juros”, disse a Comissão. A despesa pública também deverá aumentar, levando a um declínio no superávit ao longo dos próximos dois anos, disse.

“Os fundos adicionais previstos para investimento em infraestrutura e habitação social devem aumentar o investimento do setor público”, disse a Comissão.

A projeção para a inflação também foi cortada diante da queda dos preços do petróleo. A estimativa aponta para uma inflação de 0,5% em 2016, antes de se recuperar para 1,5% em 2017. As projeções anteriores eram de 1,0% e 1,7%, respectivamente.

Já a Itália teve a projeção do PIB reduzida para 1,4% em 2016, de 1,5% estimado em novembro, permanecendo abaixo da média da zona do euro. A França, por sua vez, teve a projeção do PIB em 2016 revisado para crescimento de 1,3%, de 1,4% estimado em novembro. Fonte: Dow Jones Newswires.