TST acata recurso da Volkswagen-Audi

O Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília, acatou o recurso apresentado pela montadora Volkswagen-Audi e suspendeu, em julgamento preliminar, os efeitos da decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-PR) sobre o pagamento dos dias parados e a redução da jornada de trabalho. A informação foi divulgada ontem pela assessoria de imprensa da montadora, através de nota oficial.

“Vale lembrar que a jornada vigente de 42 horas é menor que a jornada legal e faz parte de um acordo firmado com o sindicato em 2002 – quando da negociação para implantação do projeto Fox -, com vigência até março de 2005. Embora respeite a decisão do TRT-PR, a empresa está exercendo o seu direito de invocar a instância superior como forma de evitar prejuízos irrecuperáveis para a fábrica de São José dos Pinhais”, informou a nota. “A companhia espera que, junto com a compreensão e o apoio dos empregados, possa dar continuidade aos projetos da unidade do Paraná com o desenvolvimento de novos produtos, a implantação do terceiro turno e o aumento da produção.”

A montadora informou ainda que “enquanto aguarda a decisão final do TST, a Volkswagen/Audi mantém sua disposição para continuar negociando com o sindicato e seus empregados as questões relevantes para assegurar a competitividade da unidade.” E finalizou acrescentando que “a fábrica de São José dos Pinhais recebeu investimentos de US$ 1 bilhão nos cinco anos de operação, produz 400 carros por dia, sendo metade destinada à exportação e criou mais de 12 mil empregos diretos e indiretos.”

Os 2.500 funcionários da Volks-Audi pararam na semana passada durante quatro dias e meio. Reivindicavam além da redução da jornada de trabalho de 42 para 40 horas semanais, o pagamento de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) no valor de R$ 3,2 mil e o fim do banco de horas.

Sindicato

O vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba, Cláudio Gramm, afirmou que a posição do sindicato continua a mesma – favorável a uma nova paralisação. “Mas quem vai decidir serão os próprios funcionários, no portão da fábrica”, afirmou. Hoje às 14h45 acontece assembléia dos trabalhadores.

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