A Transnordestina Logística S.A. (TLSA) informa que ainda não foi formalmente citada ou intimada da decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) que determinou a paralisação imediata de desembolsos de recursos públicos para bancar as obras da ferrovia Transnordestina.

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“A TLSA informa que, tão logo seja formalmente citada ou intimada, tomará todas as medidas cabíveis para reverter a decisão proferida pelo TCU, na medida em que entende não ter havido qualquer irregularidade na celebração de contratos para a construção e exploração da ferrovia Transnordestina”, afirma a empresa, que é subsidiária da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) responsável pelas obras da ferrovia no Nordeste.

De acordo com a companhia, o projeto da Malha II teve seus prazos de conclusão readequados em 2013 e prevê financiamento e aportes, públicos e privados, de aproximadamente R$ 11,2 bilhões para a construção de 1,7 mil quilômetros de linhas ferroviárias, dos quais R$ 6,2 bilhões já foram investidos até abril/2016.

“A TLSA entende as dificuldades enfrentadas pelo governo por conta da crise econômica, com o consequente atraso no repasse de recursos públicos, mas espera que elas sejam superadas para que a obra retome seu ritmo.” Segundo a empresa, a ferrovia Transnordestina tem 56% de obras concluídas e 600 km de malha pronta.

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Em decisão cautelar tomada ontem, o ministro-relator do TCU Walton Alencar Rodrigues determinou que a estatal Valec e o BNDES paralisem imediatamente qualquer tipo de repasse financeiro para a ferrovia. A decisão também impede desembolsos por meio do Fundo de Investimento do Nordeste (Finor), Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) e Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE).

Ao embasar sua decisão, Rodrigues lembrou que, em audiência pública na Câmara, o diretor-presidente da Valec, Mario Rodrigues Júnior, afirmou que, até dezembro de 2015, já haviam sido aportados cerca de R$ 6,14 bilhões na Transnordestina, e que a Valec teria sido obrigada pelo governo a aportar mais recursos em 2016, mesmo sem que a empresa tivesse recursos suficientes para a execução das obras públicas sob sua responsabilidade, como a Ferrovia Norte-Sul e a Ferrovia de Integração oeste-leste.

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