Trabalhadores privados pagarão mais com a reforma

Para o trabalhador da iniciativa privada com carteira assinada a reforma da Previdência, como para os funcionários públicos, também reserva uma mudança. Se a reforma da Previdência for aprovada como está, o maior valor de contribuição, que é descontado todo mês do salário, passará de R$ 205,62 para R$ 264,00. São R$ 58,38 ou 28,39% a mais.

Ou seja, quem ganha mais de R$ 1.869,34 (teto atual de contribuição para o INSS) passará a pagar 11% também sobre a diferença entre este valor e o novo teto proposto, de R$ 2.400,00.

O trabalhador que ganha acima do teto atual vai pagar um pouco mais todos os meses, mas não há certeza de que receberá o valor para o qual contribuiu. Isso porque, diferentemente do funcionário público, que se aposenta pelo último salário, o trabalhador da iniciativa privada tem sua aposentadoria calculada por uma média.
Se nada mais mudar, o critério é o seguinte: entram no cálculo da aposentadoria as 80% maiores contribuições desde 1994, o que torna praticamente impossível que esta média resulte no teto de R$ 2.400. Dá sempre menos, como ocorre hoje.
Nenhuma outra mudança está, por enquanto, prevista na reforma que afete diretamente o trabalhador privado.

Segundo o ministro da Previdência Social, Ricardo Berzoini, após a aprovação da reforma para os servidores públicos, ele vai negociar por 60 dias com as centrais sindicais e demais representantes dos trabalhadores privados eventuais novas mudanças nas normas do INSS.

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