Trabalhadores da Comperj voltam ao trabalho

Após quase um mês de greve, os cerca de 15 mil trabalhadores do Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj) voltaram nesta quarta-feira ao trabalho. Em assembleia, eles aprovaram proposta de reajuste salarial médio de 10,5% apresentada pelo sindicato que representa os 24 consórcios empresariais envolvidos na obra.

A greve foi deflagrada no dia 9 de abril e interrompeu totalmente a construção do Comperj, um dos mais importantes investimentos da Petrobras em refinarias. Foi a quarta paralisação ocorrida na obra nos últimos sete meses.

Além do reajuste, os trabalhadores obtiveram aumento de 42,8% no vale-alimentação, que passou de R$ 210 para R$ 300, e a confirmação do direito de folga de três dias para aqueles cujas famílias moram em cidades distantes mais de 1.000 km de Itaboraí, município na Região Metropolitana do Rio em que o Comperj está sendo construído.

Pelo acordo, o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Plano de Construção, Montagem e Manutenção Industrial de São Gonçalo, Itaboraí e Região, representante dos trabalhadores, se compromete a não convocar novas greves reivindicativas até 31 de dezembro. Mas paralisações por atraso de pagamento e más condições de trabalho poderão ocorrer.