Já dura três dias a paralisação na maior indústria metalúrgica do Estado. Ontem, após recusar duas novas propostas da Bosch, os 4,4 mil funcionários da fábrica, que fica em Curitiba, decidiram protelar a greve. Com estas, já são três propostas salariais apresentadas pela empresa rejeitadas pelos metalúrgicos. Uma nova assembléia está marcada para hoje, às 5h30.

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De acordo com a assessoria de imprensa da Bosch, a primeira proposta recusada previa a antecipação da segunda parcela da Participação dos Lucros ou Resultados (PLR) para dezembro, além do aumento real de 3,6%, também para dezembro e mais um reajuste de 100% conforme o INPC de dezembro de 2007 a novembro de 2008.

Diante da negativa, a empresa apresentou uma nova proposta em menos de duas horas, oferecendo, além do abono de R$ 1,5 mil a ser pago em janeiro, o pagamento do INPC do período em fevereiro e um aumento real de 3,6% a ser incorporado em agosto, novamente não aceita.

Hoje, o protesto, que começou na última sexta-feira, entra no seu quarto dia. Segundo o SMC, apenas os funcionários do setor administrativo não aderiram ao movimento. Parte dos pedidos da empresa está sendo atendida por outras fábricas da Divisão Diesel da Bosch no mundo.

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Com as reprovações, o sindicato fez uma contraproposta: R$ 1,5 mil de abono em dezembro, com o reajuste salarial em fevereiro de 2009. O SMC já avisou que, caso não houver avanço nas negociações, a tendência é de que a paralisação continue. A data-base da categoria é em 1.º de dezembro.