Tesouro torna mais fácil a compra de títulos

  Agência Brasil
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Secretário do Tesouro, Joaquim
Levy: resultados positivosde
dois anos e meio de programa.

Brasília ( ABr) – O Tesouro Direto é uma maneira ágil para que qualquer pessoa possa aplicar seu dinheiro em títulos da dívida pública. A afirmação é do secretário do Tesouro Nacional, Joaquim Levy. Ele informou que já dispõe do resultado de dois anos e meio do programa, para apresentar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Para Levy, com a internet, o investimento ficou mais simples. ?Qualquer pessoa com R$ 200 já pode também ir direto na fonte e comprar da maneira mais competitiva esses títulos.? Os recursos para pagar o investimento podem ser transferidos da conta corrente também pela internet. O usuário pode se cadastrar na página do Tesouro na internet (www.tesourodireto.gov.br).

Lançado em 2002, pelo Tesouro Nacional, em conjunto com a Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC), o programa tem como objetivos permitir a aquisição de títulos públicos por pessoas físicas pela internet; incentivar a formação de poupança de longo prazo; fornecer informações sobre a administração e a estrutura da dívida pública federal brasileira e ampliar a base de investidores. Qualquer pessoa física pode comprar títulos públicos com um valor mínimo de R$ 200,00.

Segundo Levy, o programa permite que o investidor compre os títulos diretamente, com custos baixos. ?O investidor pode ficar com a rentabilidade toda para ele, além de ser uma transação totalmente garantida, porque você vai estar comprando papéis do governo federal e tem o direito a resgatar quando precisar.?

Estados Unidos, Portugal, Espanha, Itália, Suécia, Japão são países que já adotaram programas semelhantes ao brasileiro.

Juros

Sobre os juros, Joaquim Levy disse que a tendência da taxa de juros, daqui para frente, é cair, e o governo ter melhor controle sobre um possível aumento da dívida interna. ?O governo consolidou uma série de aspectos na política fiscal para isso, embora ainda haja alguns riscos importantes, que eu chamaria estruturais, que não permitem que a taxa de juros seja mais baixa do que ela é hoje.?

O Comitê de Política Monetária decidiu na semana passada, por unanimidade, manter pelo terceiro mês consecutivo a taxa básica de juros em 19,75% ao ano.

De acordo com Levy, o juro de curto prazo é determinado pelo Banco Central e tem um olhar sobre a inflação e também sobre outros fatores. Na sua opinião, para o Brasil ter uma queda significativa da taxa de juros vai ser importante um ?esforço nacional? para acertar ?algumas outras coisas? que impedem que a taxa caia.

Sem entrar em detalhes sobre quais seriam essas ?outras coisas?, Levy explicou que, para isso, devem ser criados um ambiente e dadas as condições. ?Várias dessas condições estão aí: a inflação está caindo, as exportações estão indo bem, a parte fiscal está se fortalecendo?, observou, ponderando que, no entanto, ?tem ainda algumas coisinhas que precisam ser acertadas para ela (taxa de juros) poder cair e cair de uma maneira significativa, que é o que todo mundo quer?.

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