Tecnologia para substituir fertilizantes

Pesquisadores das principais instituições do País se reuniram, ontem, em Curitiba, para conhecer o projeto Genopar (Genoma do Paraná). O projeto é pioneiro no Brasil no seqüenciamento genético da bactéria Herbaspirullum seropedicae, que por meio de transformação em nitrogênio gasoso pode substituir fertilizantes, usados nas culturas de trigo, milho, arroz e cana-de-açúcar.

O coordenador da pesquisa, engenheiro agrônomo e professor do Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Fábio de Oliveira Pedrosa, disse que a aplicação do projeto pode resultar em uma economia para o Paraná de US$ 100 milhões. “Esse é o custo que os agricultores tem com a utilização de fertilizantes”, garantiu. O projeto começou a ser desenvolvido em maio de 2001, e hoje os pesquisadores já conseguiram 99,6% do sequenciamento do genoma. A expectativa é que até o início de 2004 o projeto esteja concluído e possa ser aplicado.

Além de propiciar uma diminuição dos gastos para os agricultores, o Programa Genoma visa estabelecer uma rede de laboratórios no Brasil nas áreas de Bioinformática e Biologia Estrutural. Participam dos projeto pesquisadores da UFPR, universidades estaduais de Ponta Grossa, Londrina, Maringá e Unioeste, além do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Paraná, universidades federais de Santa Catarina (UFPR) e do Rio (UFRJ) e Embrapa do Rio.

Até o fim das pesquisas, o projeto deverá receber recursos de R$ 6 milhões, repassados através do Paraná Tecnologia, ligado à Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia. “Esse é o primeiro grande projeto de pesquisa do Paraná, que além de ter uma aplicação importante, ainda cria uma rede de laboratórios de diversas instituições”, concluiu Pedrosa.

Voltar ao topo