TEC não será discutida em reunião de Dilma e Cristina

O embaixador do Brasil na Argentina, Enio Cordeiro, afirmou nesta terça-feira (26) que a proposta de elevação da Tarifa Externa Comum (TEC) para proteger o Mercosul de uma invasão de importados não faz parte da agenda da reunião que a presidente Dilma Rousseff terá com a presidente argentina, Cristina Kirchner, na próxima sexta-feira, em Brasília.

Em entrevista coletiva aos correspondentes brasileiros em Buenos Aires, hoje, Cordeiro disse que, “eventualmente”, as presidentes poderiam falar sobre o assunto, mas a questão é técnica e continuará sendo debatida nesse nível.

Na avaliação do embaixador brasileiro, a reunião entre Dilma e Cristina não deverá apresentar decisão sobre a elevação da TEC porque a elaboração da proposta com as especificações sobre as condições e os procedimentos de funcionamento do mecanismo ainda está em debate.

Cristina será recebida por Dilma às 11 horas. À tarde, a presidente argentina participará da inauguração da sede da embaixada de seu país em Brasília. Durante discurso na Cúpula do Mercosul, realizada no dia 29, em Assunção, Dilma defendeu a aplicação de medidas comuns de defesa comercial para proteger as indústrias do bloco regional.

Na ocasião, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, retomou a proposta que a Argentina apresentou no ano passado de elevação da TEC para frear o aumento das importações de produtos provenientes de fora do Mercosul, que estejam, comprovadamente, afetando a competitividade das empresas nacionais.

Atualmente, a tarifa máxima cobrada para mercadorias de fora do Mercosul é de 35%, e a média é de 14%. Quando a proposta foi apresentada houve resistência por parte do Brasil, Paraguai e Uruguai. No entanto, diante do aumento das importações, especialmente de produtos chineses, os sócios se mostraram mais dispostos a debater o assunto.

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