Taxa de embarque espanta turistas

O deputado federal Eduardo Sciarra (PFL-PR) está sugerindo que o governo federal crie uma taxa de embarque diferenciada para vôos no âmbito do Mercosul. “Para quem alardeia interesse em fortalecer, ou mesmo “relançar??, o Mercosul, o governo petista teria uma excelente oportunidade de aproximar seu discurso da prática, se reduzisse o alto preço da taxa de embarque internacional nos aeroportos brasileiros: 36 dólares”, afirmou Sciarra em pronunciamento na Câmara.

O parlamentar lembrou que, em muitos casos, esse valor chega a 40% do preço de passagens promocionais entre Brasil e Argentina. “E ainda falam em incrementar o turismo dentro do Mercosul com promoções conjuntas dos países da região. Como, se a taxa de embarque para Buenos Aires é a mesma cobrada de um turista na primeira classe com destino a Paris, Nova York, Tóquio ou Sydney, na Austrália?”, questionou Sciarra, acrescentando que os argentinos, de forma inteligente, criaram uma taxa regional, intermediária entre a internacional e a doméstica. Aplicada nos vôos para Montevidéu, Uruguai, ela custa apenas 8 dólares, enquanto a taxa internacional nos aeroportos da Argentina não passa de 18 dólares, exatamente a metade do valor cobrado no Brasil.

Eduardo Sciarra advertiu que essa distorção não prejudica unicamente o turismo intra-regional, mas desestimula, também, os turistas de fora do bloco (europeus, norte-americanos, asiáticos) a comprarem pacotes de viagem à América do Sul incluindo um giro para conhecer os países do Mercosul, particularmente o Brasil, cujas maravilhosas paisagens estariam condenadas a permanecer um tesouro escondido, cercado de desempregados por todos os lados.

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