Taxa de desemprego na RMC caiu em novembro

A taxa de desemprego aberto da Região Metropolitana de Curitiba (RMC) recuou para 4,57% em novembro, depois de registrar 5,49% em outubro. De acordo com a Pesquisa Mensal de Emprego realizada pelo Ipardes (Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social) e IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), esse índice representou 56 mil desocupados no mês passado, o que significa uma redução de 12 mil pessoas em relação ao total de desempregados em outubro (68 mil). Em novembro de 2001, a taxa foi 4,89%.

O índice de desemprego na RMC foi o menor entre as regiões pesquisadas pelo IBGE, abaixo de Porto Alegre (5,1%), Rio de Janeiro (5,2%), Salvador (6,3%), Belo Horizonte (7,5%), São Paulo (8,4%) e Recife (8,7%). A Grande Curitiba não entra no cálculo da taxa nacional de desemprego, que foi de 7,1% no último mês. Em 2002, o nível de desemprego na RMC está menor que no ano passado. De janeiro a novembro, registra taxa média de 5%, contra 5,9% em igual período de 2001 e 6,2% em 2000. No País, a taxa média no mesmo período é de 7,3%.

O Ipardes estima que a taxa de desemprego de 2002 fique menor que no ano passado, quando registrou 4,02% em dezembro. “O nível de atividade da RMC se manteve intenso mesmo num período de turbulências da economia brasileira”, analisa o diretor-presidente do Ipardes, Paulo Mello Garcias.

Segundo a pesquisa do Ipardes/IBGE, a População em Idade Ativa teve aumento de 3 mil pessoas, passando para 1,962 milhão. A População Economicamente Ativa (empregada ou procurando emprego) teve acréscimo de 4 mil pessoas, totalizando 1,234 milhão. Houve ampliação de 6 mil vagas na população ocupada e decréscimo de 12 mil na desocupada. Já a População Não Economicamente Ativa (estudantes, aposentados e donas-de-casa) teve pequena redução, de mil pessoas, somando 728 mil. A taxa de atividade, indicador do percentual de pessoas de 15 anos ou mais inseridas no mercado de trabalho, foi de 62,87% – a maior do País.

A elevação da ocupação foi pressionada pelo aumento de 10 mil vagas na indústria da transformação, que passou para 202 mil postos de trabalho, e pela abertura de 6 mil empregos em serviços, totalizando 624 mil empregados. No comércio e na construção civil, a ocupação ficou estável, respectivamente, em 179 mil e 92 mil pessoas. O único decréscimo foi verificado em “outras atividades” (agricultura, silvicultura e extrativismo mineral), que perdeu 2 mil empregos, fechando o mês com 80 mil empregados.

Dos 1,177 milhão de ocupados na RMC, 584 mil eram empregados com carteira, 244 mil sem carteira, 271 mil por conta própria e 61 mil empregadores. Com o ingresso de 9 mil trabalhadores no mercado formal, a RMC registrou novamente a maior proporção de trabalhadores com carteira assinada do País: 49,63%, acima da média nacional de 45,2%.

Renda em queda

O indicador negativo da RMC, mais uma vez, foi o salário. O rendimento médio real dos ocupados caiu 1,6% de setembro para outubro, de R$ 745,86 para R$ 733,74. Em um ano, a queda real (descontada a inflação) é de 10,8%. Em outubro de 2001, a renda média era R$ 822,96. São Paulo permanece com o maior salário pago aos trabalhadores, com média de R$ 960, seguido de Porto Alegre e Rio de Janeiro (R$ 740). Só depois aparece a Grande Curitiba.

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