Tarifas não devem ficar indexadas

São Paulo

  – O ministro das Comunicações, Miro Teixeira, afirmou ontem que o governo federal manterá uma atitude de não aceitar nenhum tipo de indexação dos contratos de telefonia fixa. Empresários do setor já indicaram que aceitam a retirada do Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) dos contratos, contanto que haja algum outro indexador para os reajustes de junho de cada ano.

“Defendo a desindexação plena porque a indexação acaba sendo inflacionária”, disse, após visitar um Telecentro (centro de aprendizado de informática mantido pela Prefeitura de São Paulo em parceria com a iniciativa privada) na Cohab Taipas, zona Norte de São Paulo. “Teve uma época em que os salários eram indexados e o Plano Real indicou a indexação como um fator inflacionário. Curiosamente, são os preços controlados pelo governo que hoje mais pressionam a inflação”, comentou.

Segundo o ministro, o governo já iniciou o contato com as empresas para alterar o índice de reajustes. “Obviamente, as empresas têm seu momento de reflexão e, na hora que julgarem própria, vão divulgar sua disposição”, ressaltou. “Mas é uma tentativa de negociação porque chegar lá em junho e dizer para a população que o governo autorizou um aumento de 34% na tarifa de telefonia não tem nenhuma explicação”, justificou.

Voltar ao topo