Tarifa de energia elétrica no Brasil é cara

A tarifa residencial de energia elétrica no Brasil é uma das mais caras do mundo. De acordo com pesquisa da ONG Ilumina (Instituto de Desenvolvimento Estratégico do Setor Elétrico), que inclui 31 países, o preço praticado no Brasil é o quinto maior.

O estudo foi baseado em um levantamento da OCDE (Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico) que não levou em conta o poder de compra em cada país. Porém, a Ilumina atualizou os números pelo índice da Paridade do Poder de Compra (que mede o tamanho de uma economia de acordo com os preços e a capacidade de compra de seus habitantes).

Após essa atualização, o preço da tarifa no Brasil subiu de US$ 0,083 por kWh (quilowatt/hora) – valor da pesquisa da OCDE – para US$ 0,141 o kWh, sem a incidência de impostos nos dois casos.

Sem a correção, o valor de US$ 0,083 é o mesmo que o cobrado nos EUA, e, nesse caso, o Brasil ficaria na 25.ª colocação no ranking das tarifas mais caras.

De acordo com o Ilumina, no entanto, a atualização dos dados é necessária devido à diferença do poder de compra nos países pesquisados. Como exemplo, é apresentada uma conta de 200 kWh, que sairia a um custo aproximado de US$ 16,60 (R$ 50,05 de acordo com o câmbio de anteontem) tanto nos EUA quanto no Brasil.

“Pagar US$ 16,60 é bem mais fácil para um americano do que para um brasileiro. Essa quantia no Brasil corresponde a um poder de compra maior do que nos Estados Unidos. Portanto, no orçamento de um brasileiro, comprometer US$ 16,60 só com a conta de luz, ?desloca? a compra de uma variedade de produtos”, diz a pesquisa do Ilumina.

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