Taiwan aprova acordo comercial histórico com a China

O Parlamento de Taiwan aprovou hoje um amplo pacto comercial com a China, removendo o último obstáculo para um acordo histórico que tem gerado controvérsias na ilha, mas que deve reduzir tarifas sobre centenas de produtos dos dois lados e estreitar os laços econômicos entre os países, que já foram inimigos. O acordo abrange centenas de produtos, como têxteis e petroquímicos, e abrirá alguns serviços aos investimentos bilaterais.

Pelo acordo, a China dará tratamento preferencial aos bancos e hospitais taiwaneses em seu território e reduzirá tarifas sobre 539 produtos da ilha. Taiwan, por sua vez, reduzirá tarifas sobre 267 produtos chineses. Os dois países esperam remover tarifas sobre uma cesta inicial de produtos num prazo de três anos.

Era amplamente esperado que o Parlamento aprovasse o Acordo Básico de Cooperação Econômica, mesmo com os legisladores da oposição criticando o pacto, que segundo eles será usado pela China para atingir o objetivo político final de reincorporar Taiwan ao país.

O Yuan Legislativo, como é chamado o Parlamento de Taiwan, é controlado pelo partido Kuomintang, simpático à China. A aprovação do acordo, que foi transmitida ao vivo pela televisão, aconteceu após representantes dos dois lado assinarem o tratado no dia 29 de junho.

A Instituição Chung-hua para Pesquisa Econômica, do governo da Taiwan, havia dito anteriormente que, uma vez que o acordo estiver totalmente implementado, poderá elevar o crescimento econômico do país entre 1,65 ponto porcentual e 1,72 ponto porcentual. O governo também espera que o acordo gere entre 257 mil e 263 mil novos empregos.

Taiwan deve divulgar os números do PIB do segundo trimestre na quinta-feira. No período de três meses encerrado em 30 de junho, o PIB da ilha deve ter crescido 10,5% na comparação com o mesmo intervalo do ano passado, abaixo do maior nível de crescimento em 32 anos atingido no primeiro trimestre, de acordo com a previsão mediana de uma pesquisa feita pela Dow Jones com oito economistas. As informações são da Dow Jones.

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