Suspeita de “mormo” em eqüinos no Paraná

O Paraná apresenta uma suspeita de caso de mormo em eqüino. A informação foi confirmada ontem pelo Ministério da Agricultura no Estado. A doença, transmitida pela bactéria Burkhoderia mallei, ataca eqüideos – eqüinos, asininos e muares – e pode levar o animal à morte. Em Santa Catarina, já foram identificados 30 casos – quatro já foram confirmados e os animais, sacrificados. No Paraná, o cavalo suspeito está isolado e aguarda a realização de novos exames. Se confirmada a doença, o animal também será sacrificado.

De acordo com o médico veterinário do Ministério da Agricultura no Paraná, Nelmar Nunes Wendling, as autoridades sanitárias tomaram conhecimento da suspeita na última sexta-feira. A propriedade, localizada em São José dos Pinhais, foi interditada pela Defesa Sanitária Animal da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento. “Não entram e não saem outros cavalos dali até que se esclareça a suspeita”, afirmou o médico.

Segundo ele, o cavalo teria vindo de Indaial (SC), região do Vale do Itajaí. De acordo com o médico veterinário Nelmar Wendling, o animal suspeito já passou por um exame de sangue (fixação do complemento), que indicou positividade para a doença. Agora, segundo o médico, será realizado outro exame (prova de maleína) para confirmar a doença. O resultado deverá ficar pronto na semana que vem.

“Como não realizamos este exame rotineiramente, não temos este antígeno de imediato”, explicou o médico veterinário. Segundo ele, trata-se de uma doença infecciosa, “mas a contaminação não é explosiva”. “Se o caso for confirmado, o animal será sacrificado e todos os outros animais da propriedade serão examinados.”

Santa Catarina

De acordo com o médico veterinário do Ministério da Agricultura em Santa Catarina, Carlos Alberto de Melo, a doença foi confirmada no estado vizinho há quase vinte dias. Os cavalos são de uma propriedade rural de Indaial, região do Vale do Itajaí. Há 30 casos suspeitos; quatro deles confirmados, e os animais já foram sacrificados.

O médico lembra que desde que as suspeitas surgiram, entrou em vigor a instrução normativa para regulamentar o trânsito de eqüideos de Santa Catarina para outros estados, com a exigência da apresentação de exame negativo para mormo. As autoridades sanitárias também estão promovendo rastreabilidade dos animais. Suspeita-se que o animal contaminado tenha vindo do Nordeste.

A doença existe sob duas formas – pulmonar ou cutânea -, e os sintomas principais são parecidos com os de pneumonia, com corrimento nasal e purulento (no caso de mormo pulmonar) ou surgimento de nódulos subcutâneos, que se rompem e eliminam pus – caso do mormo cutâneo.

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