Supermercados esperam melhora neste segundo semestre

O faturamento dos supermercados caiu 2% no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. O desempenho frustrou os empresários do setor, que estavam contando com uma melhora das vendas. Em maio, houve uma pequena elevação dos números – o faturamento tinha subido 2,65% -, mas a reação não se sustentou em junho, o que levou a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) a alterar  para baixo, as projeções para 2002. No começo do ano, falava-se em um crescimento de 2,5%. Agora, espera-se 1,5%.

Mesmo assim, a aposta dos empresários do setor é no aumento do movimento no segundo semestre, quando tradicionalmente há um aquecimento, para reverter a variação negativa do pri meiro semestre.

Em junho, os supermercados venderam quase 8% menos que em maio e 3,5% menos do que junho de 2001. Os números já descontam a variação da inflação levando em conta o IPCA. Na análise dos números, a Abras atribui o fraco desempenho aos juros altos, volatilidade do câmbio, desemprego e inadimplência. Outro fator determinante foi o baixo poder de compra da população, em razão do aumento nos últimos anos das tarifas públicas, que vem enxugando os orçamentos das famílias.

A cesta dos produtos mais consumidos nos supermercados registrou uma alta em junho de 0,12% sobre maio, passando de R$ 144,05 para R$ 144,22. Os itens que mais subiram foram tomate (14,94%), queijo mussarela (7,15%) e óleo de soja (6,32%). Os que tiveram maior redução foram batata (3,02%), cebola (-5,62%) e detergente líquido (-4,42%). A cesta Abrasmercado foi criada no ano passado para acompanhar a evolução de preços dos produtos nos supermercados e os hábitos de consumo das famílias.

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