Superávit primário público é recorde

Brasília

– No primeiro mês de governo de Luiz Inácio Lula da Silva, as contas públicas registraram um superávit recorde para o mês de janeiro. A economia obtida pelo setor público, após contabilizadas todas as receitas e despesas, exceto o pagamento de juros, chegou a R$ 8,5 bilhões, o equivalente a 7,01% do Produto Interno Bruto (PIB). Desde que o Banco Central (BC) começou a fazer esses cálculos, em 1991, esse valor, chamado de superávit primário, foi o maior registrado no mês. No ano, a meta é atingir um superávit primário de R$ 68 bilhões. Em janeiro do ano passado, o superávit foi de 5,34% do PIB.

A maior contribuição foi dada pelo próprio governo federal. A determinação para que todos os ministros suspendessem licitações e contratações de pessoal até que fossem definidas as prioridades de cada área ajudou a reduzir as despesas do mês. A queda nos gastos de custeio e capital foi de R$ 5,3 bilhões em relação a dezembro. As despesas com pessoal caíram R$ 1,3 bilhão. No último mês do ano, o gasto com o funcionalismo público é maior por causa do 13.º salário.

Também houve um incremento de R$ 3 bilhões nas receitas com o pagamento da primeira cota ou da cota única do Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ). Com isso o Tesouro obteve um saldo positivo de mais de R$ 8 bilhões, o compensou com folga o prejuízo de R$ 38 milhões do Banco Central e de R$ 1,7 bilhão do INSS.

Os estados e municípios também mantiveram as suas contas no azul. O superávit de R$ 1,9 bilhão registrado somente pelos estados foi o maior desde o início da série, em 1991.

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