Integrantes do Fórum Industrial-Parlamentar Sul – formado pelas Federações das Indústrias do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul e pelos congressistas dos três estados -, se reúnem hoje, às 8h30, na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília, para debater sobre a liberação de verbas do orçamento da União para obras de melhoria da infra-estrutura de transportes na região. Também estão na pauta do encontro o abastecimento de gás natural para a região Sul e as reformas política e tributária.

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De acordo com levantamento feito pelas três federações, até agosto o governo federal liberou apenas 2,3%, do total de R$ 1,025 bilhão, dos recursos alocados no Orçamento Geral da União de 2005 para obras de restauração e modernização de rodovias, portos, aeroportos e hidrovias no Sul do País. ?O Sul é a região que mais contribui com a balança comercial brasileira, mas vive um colapso na área logística, o que dificulta um melhor desempenho das exportações e a competitividade de nossos produtos?, informa o presidente da Fiep, Rodrigo da Rocha Loures. Segundo ele, os membros do fórum querem saber até que ponto a crise política está atrapalhando a liberação de recursos do orçamento.

Para Rocha Loures, o fórum teme ver perdido todo o trabalho de articulação realizado durante o ano passado. A ação em bloco de empresários e parlamentares ajudou a elevar em quase 150% o volume de recursos previstos no Orçamento de 2005, que saltaram de R$ 416,1 milhões para R$ 1,025 bilhão. ?Apesar do aumento, o valor ainda ficou abaixo dos R$ 1,9 bilhão que identificamos como emergenciais e necessários para evitar o colapso no escoamento da produção?, afirma o presidente da Fiep.

De 1999 a 2004, o Sul foi o que mais contribuiu para o saldo da balança comercial brasileira. Juntos, os três estados geraram US$ 42,6 bilhões de superávit. Apesar disso, no mesmo período, a região ficou em penúltimo lugar nas provisões orçamentárias, recebendo apenas R$ 2,7 bilhões da União. ?A situação era ainda pior. De 1999 a 2003, o Sul ainda figurava em último lugar no recebimento de investimentos federais?, informa o presidente da Fiep. ?É preciso reverter este quadro e o governo federal tem que entender que as verbas reivindicadas são justas, necessárias e estão previstas no orçamento.?

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