Sobem o dólar e a Bolsa

São Paulo

– O início da guerra entre os Estados Unidos (EUA) e o Iraque não teve grande impacto sobre os preços dos ativos brasileiros, que tiveram ontem um dia relativamente tranqüilo. O C-Bond, o título mais negociado da dívida externa, subiu 0,4%, fechando em 77,50% do valor de face, o que contribuiu para a queda de 0,83% do risco país, para 1.077 pontos. A Bolsa subiu 1,38% e dólar teve alta de 0,35%, encerrando os negócios em R$ 3,48.

O analista Antônio Madeira, da MCM Consultores, disse que os mercados começaram o dia sob o efeito do discurso do presidente George W. Bush, que alertou, na quarta-feira à noite, para o risco de a guerra ser mais longa do que alguns analistas imaginam. O C-Bond chegou a cair 0,81% e a Bolsa, 1,36%. Mas esse quadro se inverteu depois que o mercado externo melhorou.

O dólar, que atingiu a máxima de R$ 3,493, fechou com ligeira alta. Na semana, a moeda americana já subiu 2,11%. Para o estrategista-chefe do HSBC, Dawber Gontijo, as incertezas provocadas pela guerra têm pressionado um pouco o câmbio. Mesmo que a expectativa seja de um conflito rápido, há o risco de que o fluxo de recursos estrangeiros para países emergentes como o Brasil seja afetado. Madeira acredita que, nas últimas semanas, os exportadores têm segurado um pouco os dólares em suas carteiras, esperando uma cotação mais favorável para vendê-los. Os importadores teriam corrido às compras quando a moeda caiu perto de R$ 3,40.

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