O presidente da Federação das Indústria do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, afirmou nesta quinta-feira, 3, que qualquer governo ou ministro que defenda o aumento de impostos terá a entidade como adversária. Em uma referência direta ao ministro da Fazenda, Joaquim Levy, Skaf defendeu que o Brasil “não precisa de ministro” que defenda a elevação ou criação de novos tributos.

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Em entrevista à imprensa após reunião com dirigentes e representantes de 97 entidades patronais na sede da Fiesp, na capital paulista, para discutir a conjuntura político-econômica, Skaf afirmou que “não se trata de uma questão pessoal”. “Mas repito, qualquer ministro ou governo que defenda aumento de impostos nos terá como adversário”, acrescentou.

O presidente da Fiesp explicou que, durante jantar na semana passada, não defendeu diretamente a saída de Levy. “O que defendi é que o Brasil não precisa de ministros que só falem em aumento de impostos”, disse. “Em nenhum momento eu disse que era para ficar ou sair”, acrescentou. Segundo ele, “questão de ministros ficarem ou não é problema da presidente da República”.

Skaf voltou a defender que o ajuste fiscal tocado pelo governo federal deve ser feito por meio da redução de despesas, e não pelo aumento de impostos. “Falta ao governo vir à sociedade e falar como vai reduzir as despesas”, cobrou. Para o dirigente, o Congresso Nacional também não pode aprovar criação ou elevação de tributos.

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Reunião

O presidente da Fiesp afirmou que a conclusão da reunião desta quinta-feira foi a criação de uma Frente Nacional em diversas direções com objetivo de pressionar governo e Congresso contra possível aumento de impostos. Segundo ele, há a necessidade de “cerrar fileira” contra essa possibilidade.

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