O diretor de Relacionamento Institucional e Cidadania do Banco Central, Isaac Sidney Ferreira, afirmou nesta sexta-feira, 10, que o sistema financeiro brasileiro seguirá sólido e eficiente, mas precisa ser inclusivo, com ética de transparência na relação entre clientes e instituições financeiras. A declaração foi dada durante evento promovido pela Acrefi, que tem como tema a resolução 4.539 do BC, que trata da justamente desta relação.

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Segundo Ferreira, o BC procura induzir boas práticas no relacionamento com o consumidor bancário. “Nós incentivamos a disseminação de conteúdos de educação financeira e de gestão de finanças pessoais”, comentou. De acordo com ele, para um melhor relacionamento é preciso a participação de todos os envolvidos e por isso foi editada a resolução 4.539, que procura estimular uma cultura organizacional por parte das instituições financeiras que incentive um relacionamento cooperativo e equilibrado.

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O diretor também citou outras frentes de atuação, como o relacionamento frequente com as ouvidorias das instituições financeiras, especialmente as que têm maior número de reclamações junto ao BC. “As ouvidorias têm um papel diferenciado para atuar na causa-raiz dos problemas, pois o ouvidor é parte da estrutura corporativa e precisa ter acesso à alta administração para poder induzir melhorias nos processos decisórios”, explicou.

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Ferreira comentou que ainda na sexta terá uma reunião com os ouvidores dos principais bancos para discutir aprimoramentos no ranking de reclamações.

Ele lembrou que o BC não tem competência legal para atuar na relação individual do consumidor com as instituições financeiras, mas mantém uma parceria com a Secretaria Nacional do Consumidor, que permite a troca de informações e, assim, a adoção de ações corretivas mais ágeis, focadas e eficientes.

Ferreira lembrou ainda que, dentro da agenda BC+, lançada recentemente pela autoridade monetária, há o pilar “Mais cidadania financeira”, dentro do qual serão trabalhadas ações como a busca de meios alternativos de resolução de conflitos, fortalecimento das ouvidorias e a disseminação da educação financeira.