Manifestantes se reuniram na tarde desta sexta-feira, 22, em ato contra a reforma da Previdência, realizado em frente ao Museu de Arte de São Paulo, Masp, na capital paulista.

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Os trabalhadores protestaram contra pontos da proposta, como diminuição dos valores dos benefícios, aumento do tempo de contribuição e idade mínima de 65 anos para homens e 62 anos para as mulheres terem direito à aposentadoria.

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A manifestação teve a adesão de diversas categorias, como professores, bancários, químicos, metroviários, metalúrgicos, trabalhadores da saúde, do comércio e de serviços, além de servidores públicos municipais e estaduais, segundo informações da CUT.

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Durante a manhã, sindicalistas foram para as garagens de ônibus de São Paulo para conversar com os trabalhadores sobre a reforma da Previdência e sobre a campanha salarial de 2019. A paralisação momentânea afetou o funcionamento do transporte na cidade, atrapalhando os usuários de 561 linhas.

Protesto no centro do Rio

Em dia marcado por convocações de centrais sindicais para protestos contra a reforma da Previdência em todo o País, a hashtag #LutePelaSuaAposentadoria apareceu em primeiro lugar nos tópicos mais citados no Twitter Brasil. Por outro lado, pessoas favoráveis às mudanças subiram a #EuApoioNovaPrevidência, em resposta às manifestações dos sindicatos. No entanto, poucos parlamentares e líderes partidários têm feito a defesa da proposta de reforma.

As principais postagens são encabeçadas por líderes da esquerda, como o senador Humberto Costa (PE). “Posso dizer, com quase toda certeza, que essa reforma da Previdência enviada por Bolsonaro é uma proposta natimorta, dada a imensa oposição que encontra até mesmo dos principais aliados do presidente da República”, escreveu em sua conta oficial no Twitter.

Dos raros deputados a tuitarem pela proposta estão Vinicius Poit (Novo-SP) e Alexis Fonteyne (Novo-SP). Para Poit, “um dos grandes desafios na Nova Previdência é lutar contra a desinformação”. Alexis declarou apoio à reforma previdenciária argumentando que “não restam dúvidas de que o país está caminhando para a insolvência”

As manifestações aconteceram após o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), responsável por articular a aprovação da proposta na Casa, ameaçar abandonar a busca de votos para a reforma. Isso depois de o vereador Carlos Bolsonaro (PSL-RJ) fazer uma publicação no Twitter com fortes críticas a Maia. O presidente Jair Bolsonaro disse não entender o motivo do descontentamento de Maia e afirmou que está aberto ao diálogo. (com informações da Agência Brasil)