“A Previdência não é deficitária, no ano passado teve um superávit de 30 bilhões.” É o que afirmou o presidente do Sindicato da Justiça Federal e do Tribunal Regional Eleitoral, Pedro Manoel dos Santos, durante o 1.º Encontro sobre Reforma e Previdência, promovido pelo Fórum Estadual das Entidades dos Servidores Públicos Federais no Paraná. Segundo ele, é preciso alertar à sociedade sobre o assunto e traçar linhas de defesa de uma previdência justa para todos.
Santos diz que as pessoas precisam saber que a arrecadação sobre os salários não é a única fonte de renda da Previdência. Para lá também vão parte de vários impostos como Cofins, CPMF e loterias. Ele diz não entender por que o salário dos aposentados é tão baixo. “Querem privatizar um sistema que tem superávit, deixando nas mãos de banqueiros. Eles nunca entrariam num negócio para perder dinheiro”, diz.
Santos também não concorda com a sugestão de que os servidores federais tenham um teto máximo de aposentadoria, R$ 1.500,00. Ele diz que a vida inteira eles contribuem com 11% do salário, enquanto os trabalhadores privados com 8% sobre no máximo R$ 1.500,00, mesmo recebendo mais que isso. Além disso, destaca que os servidores não têm mais estabilidade no emprego, nem data base e fundo de garantia. “A reforma precisa ser feita valorizando os trabalhadores privados e não só deteriorando o serviço público”, comenta. Também falou na importância de combater a corrupção. Nos próximos encontros, o fórum, que representa 35 mil servidores, vai decidir que estratégias vão adotar.