Siderúrgicas no Japão voltam a operar após desastre

As principais siderúrgicas do Japão, segundo maior produtor de aço do mundo, voltaram a funcionar nesta terça-feira, mas com baixa taxa de uso da capacidade por causa do racionamento de energia no país, segundo fontes do setor. Isso indica que será difícil para as siderúrgicas locais suprirem a demanda por aço quando os esforços de reconstrução começarem, acrescentaram.

As duas principais siderúrgicas do Japão, Nippon Steel e JFE Holdings, anunciaram que não houve nenhum dano de médio prazo a suas unidades, de acordo com Nicholas Walters, da Associação Mundial de Aço, em Bruxelas. “O problema é o racionamento de energia. No momento, é a única coisa que afeta a capacidade de funcionamento das siderúrgicas”.

Segundo Walters, as siderúrgicas do norte do Japão estão sendo mais afetadas do que as do sul pelas medidas de racionamento de energia porque recebiam eletricidade produzida pelas usinas nucleares situadas no nordeste japonês. Boa parte dessas usinas foi desativada após o terremoto de 9 graus que atingiu o país na última sexta-feira e chegou a danificar alguns reatores.

A Sumitomo Metal Industries retomou a produção na unidade de Kashima, que havia suspendido as operações depois do terremoto por causa de um incêndio num forno, disse Steve Randall, diretor-gerente do Steel Index, uma consultoria de preços de aço e minério de ferro em Londres. O desembarque de matérias-primas nos portos da região, no entanto, continua suspenso, provavelmente como medida de precaução.

A Vale disse que não tinha comentários a fazer sobre a situação atual de seus embarques de minério de ferro para as siderúrgicas japonesas, com quem possui contratos de fornecimento de longo prazo. Em 2010, a mineradora enviou 30,8 milhões de toneladas de minério de ferro ao Japão, ante 22,5 milhões de toneladas em 2009. O país possui uma fatia de 10,5% nas vendas totais de minério de ferro da Vale. As informações são da Dow Jones.

Voltar ao topo