Siderurgia preocupa governo

Brasília

(AE) – O governo vai mudar a estratégia em relação à onda de protecionismo mundial no setor siderúrgico. O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Sérgio Amaral, informou ontem que “agora o governo vai trabalhar na defesa do direito das exportações”.

Desde o anúncio em março pelos Estados Unidos de salvaguardas para o aço – que levou ao anúncio de medidas protecionistas por vários outros países – o Ministério adotou como medida preventiva o monitoramento das importações de aço pelo Brasil.

No entanto, em reunião realizada anteontem o grupo de monitoramento do aço constatou que até junho não houve aumento das importações. Segundo Amaral, mesmo para os produtos mais sensíveis, não há qualquer ameaça à indústria nacional. “Eu diria que aqueles produtos que estavam com a luz amarela acesa, já estão com a luz verde”, disse o ministro.

O governo quer calcular agora os prejuízos que o setor siderúrgico nacional está acumulando com as medidas protecionistas adotadas por vários países. “Até agora estavámos trabalhando na defesa do mercado nacional, agora vamos trabalhar na defesa do direito de exportar. Não praticamos qualquer subsídio ou dumping. Então não temos porque sermos penalizados” afirmou.

O assunto seria discutido durante a reunião do Comitê de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Gecex) na tarde de ontem. O governo ainda não avaliou o impacto da decisão do Chile, que anunciou ontem a sobretaxa de 10% a cinco tipos de aço.

CSN – Amaral informou que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai analisar a parceria formada entre a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e a siderúrgica anglo-holandesa Corus. “Nós precisamos conhecer melhor os termos do acordo. A informação que eu tenho é que houve a associação de duas grandes empresas que vão fazer a troca de ações”, disse Amaral.

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