Setor de TI perdeu peso na economia do País

O setor de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) perdeu peso na economia brasileira entre 2003 e 2006, segundo estudo inédito divulgado nesta sexta-feira (3) pelo IBGE. De acordo com a pesquisa, as 65.754 empresas brasileiras do setor de TIC que operavam no Brasil em 2006 obtiveram receita líquida de R$ 205,9 bilhões e geraram um Produto Interno Bruto (PIB) de R$ 82,1 bilhões, o que representava, naquele ano, 8,3% do valor total produzido pela indústria, comércio e serviços.

“Embora essa seja uma participação significativa, houve perda gradativa de peso do setor TIC (na indústria, comércio e serviços), que havia sido de 8,9% (do valor total) em 2003, principalmente em razão da redução no ritmo de crescimento do segmento de telecomunicações”, dizem os técnicos da pesquisa no documento de divulgação. Segundo a pesquisa, o setor de TIC é “altamente concentrado”.

Outra característica do setor de TIC, segundo a pesquisa, é a “elevada remuneração”, com média salarial de R$ 2.025,18, em 2006, contra R$ 937,48 do total de atividades industriais, comerciais e de serviços. As telecomunicações se destacam também neste caso, com média salarial de R$ 3.315,26.

Ainda de acordo com o estudo, no período de 2003 a 2006 houve crescimento na participação do setor de telecomunicações sem fio (34,1% para 43,2%) no total de produtos e serviços do setor de TIC. Por outro lado, o segmento de telecomunicações por fio perdeu participação no período (de 60,3% para 50,7%).

Segundo a pesquisa, ainda de 2003 a 2006, houve aumento de 8,5% para 13,6% na participação das chamadas geradas em telefones públicos na receita da telefonia fixo-fixo. E, ainda redução de 8,9% para 5,1% na participação da receita das chamadas internacionais nas empresas de telefonia, “em decorrência de alternativas disponíveis na internet para comunicação à distância”.

O estudo foi realizado pelo IBGE a partir dos resultados das pesquisas econômicas anuais do instituto da indústria, do comércio e dos serviços e de informações da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

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