Setor de segurança privada anuncia greve

Os trabalhadores que atuam no transporte de valores no Paraná prometem entrar em greve a partir da próxima semana. A decisão foi tomada em assembléia da categoria, realizada na última sexta-feira. A mesma posição pode ser acompanhada pelos trabalhadores que fazem vigilância patrimonial. O principal motivo da paralisação é a falta de acordo com o classe patronal sobre o reajuste salarial.

Segundo o presidente do Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região, João Soares, os transportadores de valores decidiram cruzar os braços a partir do dia sete de fevereiro, logo após a volta do feriado de Carnaval. ?A data é estratégica, já que os bancos ficarão desabastecidos durante o feriado?, falou. Já os vigilantes patrimoniais realizam assembléia amanhã, e segundo Soares, a tendência é também decidir pela paralisação. ?Se a greve for deflagrada, os bancos também não abrirão suas portas devido à falta de segurança nas agências?, falou.

As duas categorias estão pleiteando um reajuste salarial de 10% – o índice representa o repasse do INPC do período, mais um aumento real de 5%. Os vigilantes querem ainda um aumento do adicional de risco de 6% para 10%; e os transportadores de valores, o fim das compensações de horas extras. João Soares disse que as empresas acenaram apenas com um aumento em torno de 6%. ?Esse índice é muito baixo, visto que as empresas tiveram uma lucratividade de 14% no ano passado. Está na hora de repor o salário dos trabalhadores?, falou Soares.

O presidente do Sindicato das Empresas de Segurança Privada do Estado do Paraná, Jéferson Nazário, afirmou que o anúncio da greve foi recebido com surpresa, pois as negociações estão ocorrendo desde o início do mês. Segundo ele, as empresas ofereceram um reajuste salarial de 6,20%, que com outros benefícios como adicional de risco e vale refeição, pode chegar a 8%. ?Nós estamos dentro do nosso limite e acho impossível avançar além disso?, declarou. Nazário afirmou que se a promessa de greve se confirmar, os setores que dependem das duas categorias podem ser prejudicados, assim como a população em geral. ?Por isso estamos apostando no bom senso dos trabalhadores?, finalizou.

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