O setor de serviços ainda opera 12,4% abaixo do pico de atividade registrado em novembro de 2014, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Serviços, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ao mesmo tempo, o patamar atual está apenas 1,5% acima do ponto mais baixo da série, que foi alcançado em março de 2017.

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“Os serviços ainda estão muito mais próximos do ponto mais baixo do que do pico de operação”, ressaltou Rodrigo Logo, analista da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE. “Os serviços encolheram 11% nos três últimos anos, ensaiaram algum tipo de melhora, e agora há espalhamento dessas quedas. Os serviços caem em todos os tipos de comparação”, completou.

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Na passagem de dezembro de 2017 para janeiro de 2018, o volume de serviços prestados caiu 1,9%, o pior desempenho desde março do ano passado.

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“Apesar da queda, os serviços não devolvem integralmente o ganho de 2,5% acumulado em novembro e dezembro do ano passado”, observou Lobo.

Segundo ele, a base de comparação mais elevada explica o ajuste nos serviços em janeiro. O volume tinha crescido 1,0% em novembro, seguido de nova alta de 1,5% em dezembro.

“Observamos um maior número de fechamento de contratos em dezembro de 2017 de maneira espalhada entre as atividades”, justificou o analista do IBGE.

Mais quedas

O resultado de janeiro ante dezembro fora do intervalo é muito pior do que a mediana das estimativas do mercado financeiro, captadas pelo Projeções Broadcast. As previsões na série com ajuste sazonal variavam de recuo de 0,80% a crescimento de 1,00%. A mediana encontrada a partir de 15 expectativas ficou negativa em 0,30%.

A queda na passagem de dezembro de 2017 para janeiro de 2018 foi o pior desempenho desde março do ano passado, quando houve recuo de 2,7%, segundo os dados do IBGE.

Na comparação com janeiro do ano anterior, houve redução de 1,3% em janeiro deste ano, já descontado o efeito da inflação. Também nessa base de comparação, o dado surpreendeu negativamente. O intervalo das 19 previsões captadas pelo Projeções Broadcast ia de declínio de 0,40% a incremento de 2,40%, com mediana de alta de 0,80%.

A taxa acumulada pelo volume de serviços prestados no ano ficou negativa em também em 1,3%, enquanto o volume acumulado em 12 meses registrou perda de 2,7%. Apesar de negativa, esta última taxa manteve a trajetória ascendente iniciada em abril de 2017, quando recuava 5,1%.

Desde outubro de 2015, o órgão divulga índices de volume no âmbito da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS). Antes disso, o IBGE anunciava apenas os dados da receita bruta nominal, sem tirar a influência dos preços sobre o resultado. Por esse indicador, que continua a ser divulgado, a receita nominal caiu 2,3% em janeiro ante dezembro. Na comparação com janeiro do ano passado, houve alta na receita nominal de 1,2%.

A taxa acumulada em 12 meses, porém, manteve a trajetória ascendente iniciada em abril de 2017, quando recuava 5,1%. A taxa passou de recuo de 2,8% em dezembro para 2,7% em janeiro.