O Delegado Regional do Trabalho Geraldo Serathiuk, contestou o presidente do Ipardes José Moraes Neto que responsabilizou o Governo Federal pela queda na geração de emprego em 2005.
Serathiuk primeiramente pergunta: ?que moral tem um cidadão de falar isso se não pediu desculpas por ter induzido o governador Roberto Requião (PMDB) a erro. Ao afirmar que o Paraná tinha gerado 700 mil empregos e que o IBGE através da PNAD em novembro de 2005, confirmou o que dizíamos e que o governador corrigiu corretamente, na publicidade oficial, de que o Paraná gerou sim, 280 mil empregos? O que considero um bom resultado para ser comemorado?, diz o delegado Regional do Trabalho.
Para Serathiuk ?talvez seja melhor o senhor José Moraes Neto ler as planilhas das atividades (CNAES) e a de ocupações (CBO) que geraram emprego em 2003, 2004 e 2005. E ver que majoritariamente foram os setores que se beneficiaram com as políticas sociais, crédito popular e de investimentos públicos do Governo Federal que injetaram recursos na economia e alimentaram o consumo?. Os setores que tiveram incentivos das políticas de crédito e fiscais de apoio às exportações e a inovação tecnológica, que levou ao aumento de produtividade implementadas pelo Governo Federal. ?E também o fato do processo de urbanização ocorrido no Paraná, que condeno, ter levado o Estado a ter maior geração de empregos nas áreas de serviços. E aí vai ver que o Paraná continua sendo um Estado dependente do crescimento internacional, exportador do extrativismo, do agronegócio e da agricultura que cresceram graças aos investimentos privados e majoritariamente pelo Governo Federal. E que o efeito da seca botou por terra o discurso de que somente as políticas fiscais regionais foram o grande fator de geração de emprego. O que demonstra estarmos longe de ser uma economia autosustentável. Por isso é melhor trabalhar e ser mais responsável no que se fala?, continua o delegado.
Serathiuk afirmou que tem pautado sua conduta em destacar o que de bom fizeram o Governo Estadual e Federal para a retomada do crescimento econômico e do emprego, mas se quiserem fazer um DNA para descobrir o pai da criança e só decodificar os dados do CNAE e do CBO que estão a disposição na DRT.