Segundo Serasa, pedidos de falência caíram 35,1% em 2007

Os pedidos de falências tiveram queda de 35,1% em 2007 na comparação com 2006. Segundo o indicador Serasa de Falências e Recuperações, o ano passado fechou com um total de 2.721 requerimentos de falência, ante 4.192 registros em 2006. As falências decretadas acompanharam o movimento e caíram 25,2% no período. Em 2007 foram decretadas 1.479 falências, contra 1.977 no ano anterior.

Já os pedidos de recuperação judicial de empresas aumentaram 6 7% no ano passado, na mesma base de comparação. Em 2007, foram requeridas 269 recuperações judiciais, contra 252 no ano anterior. As recuperações deferidas no período também cresceram. De acordo com o indicador, a alta foi de 25%: foram 195 deferimentos no ano passado, contra 156 em 2006.

De acordo com os técnicos da Serasa, o recuo das falências no período em análise deve-se à expansão da atividade econômica, impulsionada pelo crédito – maior volume de recursos, prazos mais longos e redução das taxas de juros – e pela melhora da renda agrícola. "Mesmo com a redução, os juros ainda elevados e a inadimplência de fornecedores e clientes prejudicaram o fluxo de caixa das empresas mais dependentes de capital de terceiros, sobretudo as pequenas e médias, o que explica a evolução das recuperações", afirmaram os técnicos, em nota.

Setores

Por setor, o comércio teve o maior número de pedidos de falência em 2007, ante 2006. Porém, apesar deste comportamento, o setor registrou queda de 33,6% nos pedidos de falência no período: foram requeridas 937 falências no varejo em 2007, contra 1.412 no ano anterior.

Na indústria, o indicador também apontou recuo (37,4%), registrando no ano passado 926 requerimentos de falência, ante 1.480 pedidos em 2006. Os serviços seguiram o ritmo e registraram queda de 33,4% no volume de pedidos de falência na mesma base de comparação – 842, em 2007, contra 1.265 pedidos no ano anterior. O setor primário registrou 16 pedidos de falência em 2007, contra 25 no ano anterior, o que representa uma recuo de 54,3% no período.

Voltar ao topo