Segundo especialistas Brasil, precisa ampliar turismo

Representantes do turismo do Brasil e da Itália discutiram na última semana as experiências dos dois países no desenvolvimento do setor. As informações são da Agência Brasil.

Na avaliação de brasileiros e italianos, o Brasil precisa usar o potencial ainda inexplorado para atrair turistas e diversificar o perfil dos visitantes estrangeiros, já que atualmente as cidades brasileiras hospedam principalmente argentinos.

O debate ocorreu durante o seminário Brasil Próximo, sobre o programa de mesmo nome que visa a promover a cooperação entre os governos e a sociedade brasileira e italiana.

De acordo com Oreni Braga, presidenta da estatal Amazonastur, a Itália ocupa o terceiro lugar na Europa na lista de turistas estrangeiros que procuram o Amazonas, atrás da Alemanha e França. Na avaliação dela, a vinda de italianos para o estado ainda não atingiu o pleno potencial.

O diretor do setor de turismo na região italiana da Toscana, Marcello Baroni, disse que embora o território brasileiro seja maior do que o da Itália, o Brasil recebe um contingente de turistas menor.

Baroni citou como exemplo a Toscana, que tem 23 mil quilômetros quadrados e recebe 6 milhões de turistas estrangeiros por ano.

 

O Brasil, segundo dados do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur) recebeu 5,4 milhões de turistas estrangeiros em 2011, quantidade considerada recorde pelo governo brasileiro. “[O número de turistas na Toscana] é maior que o volume do Brasil inteiro”, disse.

 

Para o italiano, “as potencialidades [do Brasil] são enormes, mas não correspondem ao fluxo [de turistas]”. Na avaliação dele, não há no exterior uma percepção clara da variedade de destinos turísticos do Brasil, além do Rio de Janeiro. “[Existem] outros locais muito belos que não são conhecidos. Mas as campanhas de informação vêm crescendo nos últimos anos”, declarou.

Para Baroni, a infraestrutura também é um gargalo para o crescimento do fluxo de turistas para o país. “As conexões de aeroportos ainda não são suficientes. O Brasil tem diante de si os grandes eventos de 2014 e 2016. Será um grande desafio para a estrutura”, disse, referindo-se à Copa do Mundo e à Olimpíada do Rio.