O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), afirmou nesta quinta-feira (12) que o Senado vai atuar “efetivamente”, e não apenas com sugestões teóricas, no enfretamento dos reflexos da crise internacional na economia brasileira. Segundo ele, não há como definir a intensidade desta crise que, a seu ver, está para o capitalismo o que a queda do muro de Berlim representou para os países comunistas.
Em sua primeira entrevista coletiva formal, Sarney disse que caberá à recém-criada Comissão da Crise analisar e propor “sugestões efetivas, não só teóricas, como práticas, sobre o assunto”. A comissão é formada pelos senadores Francisco Dornelles (PP-RJ), Aloizio Mercadante (PT-SP), Pedro Simon (PMDB-RS), Marco Maciel (DEM-PE) e Tasso Jereissati (PSDB-CE).
Sarney acrescentou que o momento é grave e representa “um período de desglobalização”, com o ressurgimento de posturas nacionalistas. Para Sarney, o sistema capitalista enfrenta “a última de suas contradições” e foi o mercado globalizado, instituído pelo sistema, o responsável pela situação atual.