Santa Cruz vai entrar com nova ação contra a Drogamed

A distribuidora Santa Cruz, que iniciou há uma semana arresto de medicamentos na rede de farmácias Drogramed, em Curitiba, aguarda a conclusão da operação para ingressar nova ação na Justiça. ?O arresto foi apenas um preparatório. Na seqüência, vamos entrar com uma ação principal; ainda estamos estudando a estratégia?, afirmou, de São Paulo, a procuradora jurídica da empresa designada para esse caso.  

A nova ação será relativa ao destino da mercadoria apreendida. Como se trata de produtos perecíveis, a distribuidora deve solicitar a venda dos medicamentos para outras farmácias. ?Essa decisão não depende de nós, mas da Justiça.? A distribuidora não informou quanto já foi retirado até agora, nem quando a operação será concluída.

Desde a última quarta-feira, a rede de farmácias Drogamed vem sendo alvo do arresto, por força de liminar concedida pelo juiz da 2.ª Vara Cível de Curitiba, Marcelo Teixeira Augusto. As duas empresas discutem na Justiça o pagamento de títulos devidos pela compra de medicamentos no valor de R$ 2,8 milhões.

Segundo a procuradora, a distribuidora Santa Cruz já realizou operações semelhantes em outras farmácias do País, porém de menor porte. ?Não costumamos ter problemas com redes grandes?, afirmou. A Santa Cruz atua nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste – que juntas concentram 72% do mercado nacional de medicamentos – e atende mais de 20 mil farmácias através de seis centros de distribuição. A distribuidora não soube informar quanto a rede Drogramed comprava por mês em medicamentos. Informou apenas que, desde dezembro do ano passado, a rede deixou de honrar o pagamento. ?O prazo para pagamento depende do volume, do valor, do tipo de compra. Se o prazo vence e a farmácia não paga, bloqueamos a compra. Depois vamos à Justiça cobrar?, afirmou a procuradora.

A Drogamed tinha conseguido anteriormente uma liminar na 14.ª Vara Cível de Curitiba, que sustou provisoriamente os títulos devidos para a distribuidora Santa Cruz. O juiz pediu que a rede apresentasse uma garantia para o pagamento da dívida. A empresa ofereceu o centro de distribuição na Vila Hauer, avaliado em R$ 3,78 milhões – a distribuidora considerou que o valor do imóvel apresentado em garantia foi superfaturado e que ele não tem liquidez.

Em nota distribuída ontem à noite, a rede Drogramed esclarece que adotou medidas legais para reverter a liminar e está aguardando decisão da Justiça. ?A alegada dívida é uma questão que está sendo discutida em juízo?, acentua a empresa.

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