O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro vai crescer em torno de 2,8% neste ano. Abaixo, portanto, do crescimento da economia, que está previsto em 3,8% de acordo com as projeções do mercado financeiro, e do crescimento de 6,2% do setor em 2003. A informação é do chefe do Departamento de Comércio Exterior da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Antonio Donizeti Beraldo.

Segundo ele, o “ritmo mais lento” do agronegócio em 2004 é resultado das perdas de produção agrícola por questões climáticas, basicamente, além de problemas na comercialização externa da soja.

Porém, o chefe do Departamento Econômico da CNA, Getúlio Pernambuco, prevê que o saldo anual do agronegócio será de US$ 30 bilhões. Ele toma como base a projeção do saldo acumulado de janeiro a julho, que chegou a US$ 19,44 bilhões, 44% a mais que os US$ 13,49 bilhões registrados em igual período do ano passado.

Mais uma vez os destaques nas exportações são soja e carnes. Enquanto as vendas do complexo soja já somaram US$ 6,5 bilhões no ano, as exportações de carnes bovina, suína e frangos alcançaram US$ 3,3 bilhões. Donizeti Beraldo destacou, porém, que outros segmentos estão ganhando espaço na pauta de vendas de produtos agropecuários, como algodão e trigo.

Segundo ele, as exportações de açúcar e álcool também cresceram, chegando a US$ 1,6 bilhão no acumulado do ano, com aumento de 60% em relação ao valor contabilizado no mesmo período do ano passado. O valor no mercado externo foi menor, mas o volume exportado compensou com larga margem o recuo dos preços médios do setor.

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