O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) revisou para baixo a previsão da safra agrícola para 2004. Neste ano, a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas deve chegar a 118,8 milhões de toneladas, uma queda de 3,91% em relação ao ano passado. Em maio, o instituto previa que a safra chegaria a 119,6 milhões de toneladas.
Ainda em relação a maio, o IBGE destaca o crescimento da produção do algodão herbáceo, que subiu 3,31%, e do trigo, com alta de 1,14%. A produção do milho em grão (2.ª safra) caiu 1,64% e da soja, 0,93%.
A variação do algodão herbáceo é conseqüência da produção em Goiás e Mato Grosso. Quanto ao trigo, o crescimento decorre do Paraná, maior produtor brasileiro do cereal, que aumentou em 1,16% a produção (3,155 milhões de toneladas).
A queda nas produções do milho e da soja deve-se a condições climáticas. A produção de milho no Paraná caiu de 4 milhões de toneladas para 3,7 milhões de toneladas, resultado das fortes geadas de junho, que provocaram quedas na produtividade. No Mato Grosso, as fortes chuvas provocaram uma perda de quase 400 mil toneladas na produção da soja.
Em relação a junho de 2003, as maiores variações registradas pelo IBGE ocorreram no algodão herbáceo (55%) e no arroz em casca (25,5%). A cultura de trigo cresceu 2%. Entre as variações negativos, a maior ocorreu no feijão em grão (3.ª safra), com queda de 26,8% em junho na comparação com o mesmo mês do ano passado, e no milho em grão (2.ª safra), com queda de 19%.
Entre as regiões produtoras, a maior é o Sul, que responde por 41% da produção nacional (48,971 milhões de toneladas). O Centro-Oeste aparece em segundo, com participação de 33,13%. O Sudeste colabora com 14,5% da produção total. Nordeste e Norte colaboram com 8,3% e 2,8%, respectivamente.