Os curitibanos estão encontrando nos sacolões populares uma forma de economizar na compra de frutas, verduras e hortaliças. Os estabelecimentos, presentes em diversas regiões da cidade, inclusive no centro, costumam comercializar produtos de qualidade com preços bem inferiores aos praticados pelos supermercados e feiras livres.
Nesta semana, a reportagem de O Estado percorreu alguns locais e encontrou diversas promoções, como banana caturra a R$ 0,89 o quilo, pêssego a R$ 0,95, batata a R$ 0,98, beterraba a R$ 0,59 e cenoura a R$ 0,79. Em supermercados, os mesmos produtos foram encontrados, respectivamente, por R$ 1,38, R$ 3,58, R$ 1,68, R$ 1,28 e também R$ 1,28.
“O segredo para vender mais barato é trabalhar com uma margem de lucro menor e tentar ganhar no giro de clientes. Até agora, tem dado certo e valido a pena. Muita gente tem procurado o estabelecimento”, diz o proprietário do sacolão Santa Quitéria, localizado no bairro de mesmo nome, Kléber de Almeida Silva.
A dona de casa Dirce Orhel é consumidora assídua de sacolões, principalmente do localizado ao lado da Praça Tiradentes, próximo ao local onde mora. Ela conta que, ao optar por estes estabelecimentos e não pelos supermercados, consegue economizar até R$ 25,00 por semana. “Com esse dinheiro, posso comprar os remédios de que necessito. Se eu fosse em supermercados, não sobrava nada”, diz.
A aposentada Zenóvia Kutianski faz igual. Ela conta que, mesmo nos sacolões (ela compra principalmente no do Santa Quitéria), procura pesquisar preços e levar para casa só o que está realmente mais barato. “Consigo encontrar coisas bem mais em conta. Hoje em dia, se a gente não pesquisar e não encontrar alternativas, o dinheiro não dá para nada.”
A qualidade dos produtos comercializados nos sacolões é destacada pelo comerciante Omacir Heberle, que freqüenta um estabelecimento localizado ao lado do terminal Guadalupe.
“Muitas vezes, as frutas e legumes são mais frescos que os vendidos nos supermercados. O tomate do sacolão, por exemplo, posso deixar fora da geladeira por alguns dias. Se fizer isso com os de mercado, apodrece tudo”, comenta.
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