Risco de déficit de energia cai para 2,5% no SE e CO

O risco de desabastecimento de energia elétrica na região Sudeste e Centro-Oeste caiu de 3,7% em maio para 2,5% em junho, segundo nota divulgada pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), grupo coordenado pelo Ministério de Minas e Energia. No Nordeste, o risco de déficit continua zero. Segundo o documento, “houve melhoria nas condições de suprimento de energia do sistema elétrico nacional”.

O porcentual considera a série histórica de informações climáticas utilizadas no Programa Mensal da Operação (PMO) do Operador Nacional do Sistema (ONS), que tem 81 anos. A informação foi antecipada pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, na semana passada. Considerando a série sintética, com dois mil cenários, o risco nas regiões Sudeste e Centro-Oeste caiu de 6,7% para 4,8%, e no Nordeste, ficou em 1,3%.

“Outras avaliações de desempenho de sistema, utilizando-se o valor esperado das previsões de afluências e anos semelhantes de afluências obtidas do histórico, confirmam a garantia de suprimento no ano de 2014”, diz a nota, ressaltando a importância do parque gerador de usinas térmicas como complemento às hidrelétricas. Para o período entre 2015 e 2018, o risco de falta de energia nas regiões Sudeste e Centro-Oeste permanece em 4%. No Nordeste, esse risco continua em 0,4%. O risco estaria dentro do planejamento, pois continua abaixo do 5% toleráveis pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).

Segundo o documento, o sistema elétrico tem equilíbrio estrutural e uma sobra de energia de 5.500 MW médios para atender a carga prevista. O CMSE destacou que as afluências (quantidade de água que chega aos reservatórios das hidrelétricas) em maio atingiram 76% da média histórica no Sudeste/Centro-Oeste, 41% no Nordeste, 135% no Sul e 101% no Norte.

O CMSE ressalta ainda que as intensas chuvas na Região Sul levaram os reservatórios das bacias dos rios Uruguai, Iguaçu, Jacuí e Itaipu “praticamente a seus armazenamentos máximos”. Diferentemente da nota divulgada no mês passado, o CMSE não comparou os dados aos verificados em 2001, ano do racionamento de energia.

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