Risco-Brasil fecha em queda, mas acima dos 600 pontos

O risco-Brasil fechou ontem em queda de 4%, aos 606 pontos. Já o C-Bond, principal título da dívida externa do País, valorizou 1,48%, cotado a 93,687% do valor de face.

As preocupações com uma alta do juro nos EUA antes do previsto começaram a ser minimizadas, um dia após o segundo pronunciamento do presidente do Fed (Federal Reserve, o Banco Central dos EUA), Alan Greenspan, no Senado. Ele deu a entender de que uma alta da taxa está a caminho, mas não será logo na virada do semestre.

Ontem, o rendimento dos títulos do Tesouro americano de dez anos, principal referência do mercado, caiu para 4,38%, abaixo dos 4,42% da véspera.

O risco-País mede a diferença dos juros pagos pelos títulos de um país em relação aos dos EUA. Quanto maior essa diferença, maior o risco e menor a cotação dos títulos. O indicador baliza os custos da tomada de empréstimos no exterior.

Na história, o maior patamar do risco-País foi de 2.436 pontos, atingido em 27 de setembro de 2002, na véspera da eleição presidencial. O menor foi de 337 pontos, em 22 de outubro de 1997. Neste ano, o risco acumula alta de 29%.

Bovespa

Após operar em queda a maior parte do pregão, o principal índice da Bovespa mudou de direção na reta final dos negócios e encerrou com pequena alta de 0,30%, aos 21.141 pontos, acompanhando os fortes ganhos das Bolsas americanas, animadas com a divulgação de fortes lucros por companhias como a fabricante de equipamentos Caterpillar e o eBay, site de leilões pela internet.

O pregão movimentou R$ 1,313 bilhão, acima da média diária do ano (R$ 1,2 bilhão). As ações preferenciais da Ipiranga Petroquímica dispararam 12,1%, para R$ 15,25, liderando os ganhos do Ibovespa, com a volta dos boatos de que a Petrobras vai comprar a empresa. No início do ano, as duas empresas negaram tudo.

Os papéis preferenciais da Petrobras tiveram o maior giro do pregão (R$ 150,721 milhões ou 13% do total), mas recuaram 0,36%, cotadas a R$ 80,90.

As ações ordinárias da Embratel encerraram em alta de 5,2%, a R$ 13,95 o lote de mil, ocupando a quarta maior alta do dia. Já os papéis preferenciais avançaram 4,33%, a R$ 8,66, refletindo a disputa acirrada pela compra do controle da operadora de longa distância. A mexicana Telmex elevou sua oferta pela Embratel de US$ 300 milhões para US$ 400 milhões. O consórcio Calais, que representa as telefixas, pode melhorar novamente sua proposta.

Amanhã, um dos destaques será a apresentação da operação financeira da fabricante de cosméticos Natura para ingressar na Bovespa. Será a primeira empresa a entrar na Bolsa desde o ingresso da CCR (concessionária de estradas) em fevereiro de 2002.

Nos EUA, o índice Dow Jones subiu 1,40%, enquanto a Bolsa eletrônica Nasdaq avançou 1,86%.

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