Risco-Brasil é o menor dos últimos cinco anos

São Paulo – A euforia continuou no mercado financeiro nesta quinta, depois dos recordes da véspera. O risco-País melhora fortemente e o dólar caiu pelo sexto fechamento consecutivo. O dólar comercial encerrou o dia contado a R$ 2,833 para venda (R$ 2,830 para compra), queda de 0,49% em relação ao valor do fechamento de quarta-feira (R$ 2,847). É o valor mais baixo desde o dia 3 de julho passado.

A Bolsa de Valores de São Paulo, que subiu durante boa parte do dia e chegou a ultrapassar o patamar de 18 mil pontos nesta quinta-feira pela primeira vez desde março de 2000, passou a cair perto do fechamento e encerrou o pregão em queda. O Ibovespa – principal indicador da Bolsa – ficou em 17.708 pontos, queda de 0,54% em relação ao fechamento do pregão anterior. A queda interrompe seis pregões seguidos de alta.

O risco-Brasil medido pelo J.P. Morgan recua nesta quinta-feira para menos de 600 pontos ? o mais baixo nível desde julho de 1998, um mês antes de a Rússia abalar os mercados emergentes com o default de sua dívida externa. O risco-País está em queda de 2,75%, a 599 pontos básicos. Essa melhora reflete a valorização do C-Bonds (principais títulos da dívida brasileira), que são negociados a 93,875% do valor de face, também nível recorde.

A taxa de risco-País é medida pelo J.P.Morgan com base nos valores dos títulos da dívida dos países emergentes. Com o risco-Brasil em 589 pontos, isso significa que os títulos brasileiros pagam 5,89% acima dos títulos do Tesouro norte-americano, considerados de risco zero. A taxa de risco serve como uma espécie de “termômetro” para medir a desconfiança dos investidores internacionais com relação a um país.

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